Duplo atentado reivindicado pelo EI deixa 28 mortos no Iêmen
Nesta quarta-feira, a Cruz Vermelha suspendeu as atividades no país após a morte a tiros de dois de seus funcionários
Pelo menos 28 pessoas morreram e mais de cem ficaram feridas nesta quarta-feira em um duplo atentado terrorista a uma mesquita xiita localizada no centro de Sana, capital do Iêmen, informou a agência estatal de notícias Saba. Na manhã desta quarta, a organização internacional Cruz Vermelha suspendeu as atividades no Iêmen após a morte a tiros de dois de seus funcionários no norte do país.
O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria dos dois ataques, em comunicado divulgado em redes sociais. O ataque dos radicais sunitas ocorreu no bairro de Al Yarraf, principal reduto do movimento xiita dos insurgentes houthis em Sana.
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Segundo testemunhas, dois terroristas suicidas provocaram as explosões. O primeiro detonou seu cinto com explosivos em meio aos fiéis durante a oração da tarde. Cerca de 20 minutos depois do ataque, e aproveitando a presença de curiosos e forças de segurança e de emergências, outro suicida detonou um carro-bomba no acesso à mesquita.
Em sua reivindicação dos ataques, o EI afirmou que eles foram “uma vingança para os muçulmanos contra os houthis”. O grupo identificou o terrorista suicida como Qusai al Sanani e disse que ele entrou em um encontro de houthis “apóstatas” com seu cinto explosivo e o ativou dentro do templo. O EI informou que o carro-bomba estava estacionado no acesso à mesquita e foi ativado a distância.
Cruz Vermelha – Nesta quarta-feira, dois funcionários do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (ICRC, na sigla em inglês) foram mortos a tiros na província de Amran, no norte do país. Eles estavam em um comboio quando um homem armado abriu fogo contra os veículos. Um funcionário morreu no local, e outro foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. anunciou que suspendeu as ações no Iêmen. Em seguida, a organização, que conta com 250 funcionários atuando no Iêmen, anunciou a suspensão das operações no país.
(Com EFE)