Lima, 27 dez (EFE).- Um tribunal de Lima condenou nesta terça-feira à prisão perpétua dois homens que assaltaram um casal de idosos em um veículo e balearam sua neta, uma menina de quatro anos, deixando-a tetraplégica.
Os acusados no caso, que comoveu a opinião pública peruana, eram José Luis Astuhuamán Estacio e Miguel Freddy Sandonaz Rojas. A Justiça os considerou responsáveis pelos crimes de roubo agravado com lesões graves e posse ilegal de armas de fogo, e determinou que ambos paguem 250 mil sóis (R$ 173,6 mil) como indenização à menina, e outros 10 mil sóis (R$ 6.891) a favor de seus avós.
O tribunal determinou que a sentença ditada contra Astuhuamán não poderá ser contestada até o dia 8 de agosto de 2045, e a de Sandonaz até 13 de março de 2046.
Sandonaz foi apontado pela polícia e a imprensa de Lima como chefe de uma quadrilha que assaltou os avós da pequena Romina, que tinha três anos na época, e Astuhuamán é acusado de ter feito o disparo que atingiu a criança.
Romina recebeu um tiro na coluna quando os assaltantes interceptaram o automóvel em que as vítimas estavam na Via Expressa, a principal avenida de Lima.
O advogado da família, Roberto Miranda, afirmou que a sentença é ‘exemplar’ e ‘drástica’, e disse que o caso se tornou emblemático pois os criminosos condenaram a menina a uma ‘prisão perpétua de dor’. EFE