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Documentos sugerem que líder palestino foi espião da KGB

Informação foi revelada por pesquisadores israelenses; governo palestino nega que Mahmoud Abbas tenha sido espião

Por Da redação
Atualizado em 8 set 2016, 22h30 - Publicado em 8 set 2016, 21h49

Documentos da era soviética indicam que o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, trabalhou nos anos 1980 para a KGB, a antiga agência de inteligência onde o presidente russo, Vladimir Putin, serviu no passado, disseram pesquisadores israelenses nesta quinta-feira.

Gideon Remez, pesquisador do Instituto Truman da Universidade Hebraica de Jerusalém, afirmou que a conexão entre Abbas e a KGB apareceu em documentos retirados da Rússia pelo ex-arquivista da agência russa Vasili Mitrokhin em 1991. Parte do material, agora nos Arquivos Churchill da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, foi disponibilizado dois anos atrás para consulta pública, e o Instituto Truman requisitou uma pasta marcada “Oriente Médio”, disse Remez.

 

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Abbas estaria em um documento que relaciona pessoas atraídas pela KGB no ano de 1983. “Começa com o codinome da pessoa, ‘Krotov’, que é derivado da palavra russa para ‘espião’, e então vem ‘Abbas, Mahmoud, nascido em 1935 na Palestina, membro do comitê central do Fatah e da OLP, agente da KGB em Damasco'”, afirmou Remez.

O governo palestino negou que Abbas, que concluiu o seu doutorado em Moscou em 1982, tenha sido um espião soviético e acusou Israel de “fazer uma campanha de difamação” com o objetivo de impedir os esforços para a retomada das negociações de paz que ruíram em 2014. Abbas é integrante fundador do Fatah, grupo dominante da Organização para a Libertação Palestina (OLP), o principal movimento nacionalista palestino. Ele se tornou presidente palestino em 2005.

Encontro com Netanyahu

As alegações, feitas pela primeira vez em um canal de TV israelense na quarta-feira, surgiram no momento em que a Rússia avança com uma oferta feita por Putin no mês passado para sediar em Moscou uma reunião entre Abbas e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Os dois líderes concordaram em princípio com um encontro, disse o Ministério do Exterior russo nesta quinta, sem informar data.

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“Acreditamos que a informação é importante agora em função da tentativa russa de reunir Abbas e Netanyahu, principalmente por causa do passado em comum com Putin na KGB” disse Gideon Remez ao jornal New York Times.

(Com Reuters)

 

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