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Dissidente teme aumento da repressão após morte de Fidel

'As ditaduras são mais perigosas no começo e no final', disse o opositor Guillermo Fariñas, que pediu o apoio da comunidade internacional

Por Da redação
26 nov 2016, 23h00

Neste sábado, dezenas de opositores cubanos exilados foram às ruas para comemorar após receberem a notícia da morte de Fidel Castro. O dissidente Guillermo Fariñas, contudo, não se juntou ao coro. Para o ativista que é um dos mais importantes opositores do regime castrista, a partida do líder da revolução cubana pode aumentar os atos de repressão no país.

“Achamos que haverá mais repressão. Já existem vários irmãos com as casas vigiadas, não podem sair. Simples e ingenuamente o que precisamos neste momento é mais do apoio da comunidade internacional e de governos democráticos”, afirmou Fariñas neste sábado. “As ditaduras são mais perigosas no começo e no final. Acredito que a repressão vai aumentar caso não exista solidariedade internacional.”

O jornalista e psicólogo de 54 anos deu as declarações sobre a morte de Fidel em Porto Rico, onde participa de uma série de atividades do Encontro Nacional Cubano ao lado do também dissidente René Gómez Manzano.

Fariñas, que realizou inúmeras greves de fome para protestar contra a censura e as prisões políticas em Cuba – além de ter sido detido diversas vezes pelo regime –, pediu que os cubanos na ilha e fora dela pensem “como nação” e se unam contra o regime castrista e o atual presidente Raúl Castro, que assumiu o poder quando seu irmão se afastou por problemas de saúde, em 2006.

“Se morreu um símbolo da ditadura, se morreu a figura icônica da mal chamada Revolução Cubana e 50% dela, que comecem uma luta interna porque Raúl dará o poder a seus filhos e netos, que são os que estão mandando em Cuba”, indicou Fariñas.

Fidel

A morte de Fidel foi anunciada neste sábado pelo seu irmão, o atual presidente de Cuba Raúl Castro, em um pronunciamento transmitido pela televisão estatal do país. O ex-ditador morreu à 1h29 (horário de Brasília), aos 90 anos, na capital Havana.

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“Com profunda dor é que informo ao nosso povo, aos amigos da nossa América e ao mundo que hoje, 25 de novembro de 2016, às 22h29, morreu o comandante da Revolução Cubana, Fidel Castro Ruz”, disse Raúl durante discurso emocionado.

(Com agência EFE)

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