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Diplomata venezuelano indiciado pelos EUA é libertado de Aruba

Hugo Carvajal, ex-diretor de inteligência militar, estava detido desde quarta-feira acusado de envolvimento com o tráfico de drogas. Ele já está em Caracas

Por Da Redação
28 jul 2014, 09h55

O diplomata e ex-diretor de inteligência militar venezuelano Hugo Carvajal, detido em Aruba na quarta-feira a pedido dos Estados Unidos, que o acusa de colaborar com o narcotráfico, foi libertado no domingo e já se encontra na Venezuela. “Agradeço ao governo da Holanda [Aruba é um território autônomo holandês]. Foi uma decisão muito corajosa reconhecer que houve uma violação à imunidade diplomática e restituir o direito internacional”, declarou o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, durante o terceiro congresso do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), em Caracas, onde ele mostrou fotos da chegada de Carvajal.

O diplomata chegou em um avião privado no aeroporto Simón Bolívar de Caracas às 8h15 (21h15 de domingo no horário de Brasília), acompanhado do vice-chanceler venezuelano Calixto Ortega. “A situação delicada da prisão de Carvajal por pessoas indevidas, por um expediente falso (…) foi resolvida. Eu estava disposto a fazer qualquer coisa para defender a honra e a dignidade da Venezuela”, acrescentou o presidente.

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Carvajal, um general aposentado, foi designado em janeiro como cônsul da Venezuela em Aruba, mas segundo as autoridades da ilha, ainda não havia assumido oficialmente o cargo, o que lhe garantiria imunidade diplomática. Com isso, correu o risco de ser extraditado para os EUA, onde poderia ser julgado. Segundo a rede britânica BBC, o governo de Aruba vinha resistindo à indicação do general para o cargo por causa das acusações que pairavam sobre ele. Não se sabe exatamente por que Carvajal viajou para Aruba. Sua prisão ocorreu na quarta-feira à noite, no aeroporto internacional Rainha Beatrix.

Em 2008, o Departamento do Tesouro americano apontou Carvajal e o ex-ministro da Defesa da Venezuela, Henry Rangel Silva, como “chefões da droga” e os acusou de contribuir com atividades do narcotráfico das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) no envio de cocaína para os EUA.

Carvajal chefiou a Direção de Inteligência Militar da Venezuela entre 2004 e 2009 e era considerado um dos homens de confiança do antigo presidente Hugo Chavéz, com quem cumpriu pena depois de uma malfada tentativa de golpe em fevereiro de 1992. Sua ligação com as Farc apareceu em documentos e em um computador apreendidos pelo exército colombiano durante uma operação militar contra a guerrilha em 2007.

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