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Diplomata indiana acusada de fraude deixa Estados Unidos

Governo indiano diz que ex-vice-cônsul em Nova York, que responde por falsificar documentos na obtenção de visto para empregada, viajou para a Índia

Por Da Redação
10 jan 2014, 05h33

O governo da Índia confirmou nesta sexta-feira que a diplomata Devyani Khobragade, de 39 anos, acusada de fraude para obtenção de visto nos Estados Unidos e por falso testemunho, está a caminho da Índia depois de deixar o terrirório americano. A prisão dela, em dezembro, provocou protestos na Índia e uma disputa diplomática entre Nova Déli e Washington.

Ex-vice-cônsul indiana em Nova York, Devyani foi libertada após pagar fiança de 250 000 dólares. Na quarta-feira passada, ela obteve imunidade depois que se juntou à delegação indiana na sede nova-iorquina das Nações Unidas, informou o Ministério das Relações Exteriores indiano em comunicado.

A confirmação da saída da diplomata dos EUA ocorre apenas um dia depois de ela ser acusada formalmente de fraude pelas autoridades americanas. De acordo com o comunicado, os EUA pediram à Índia que retirasse a imunidade diplomática de Devyani, mas o governo indiano se negou a fazê-lo.

O pai da ex-vice-cônsul, Uttam, afirmou nesta sexta-feira durante entrevista coletiva em Nova Déli que a promotoria pediu que sua filha se declarasse culpada dos crimes dos quais é acusada e pagasse uma multa, uma proposta que foi rejeitada por ela. “Devyani lutava para manter a soberania deste país. Quando lhe ofereceram alternativas, ela sacrificou sua comodidade pessoal”, disse Uttam.

Inocência – O Ministério das Relações Exteriores indiano afirmou também que a diplomata reiterou “sua inocência de todas as acusações” e “reafirmou sua determinação para garantir que o episódio não tenha impacto em sua família, em particular em seus filhos, que permanecem nos Estados Unidos”.

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Um júri federal de Nova York acusou Devyani de dois crimes: mentir na solicitação de visto para sua empregada doméstica e realizar falso testemunho, segundo uma nota da Procuradoria Federal do Distrito Sul da cidade. De acordo com a denúncia, a diplomata disse no formulário que pagaria à empregada um salário de 9,75 dólares por hora, quando na verdade pagava 30 000 rúpias mensais, o que representa 3,33 dólares se a doméstica trabalhasse 40 horas por semana.

Além disso, a empregada – também babá dos filhos de Devyani – trabalhava em torno de 100 horas por semana, sem dias livres, por isso seu salário era de pouco mais de um dólar por hor. Além disso, ela teve seu passaporte retido, segundo o promotor.

(Com agência EFE)

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