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Diplomacia de vacinas: China expande fornecimento para 40 países africanos

Imunizantes foram doados ou vendidos a "preços favoráveis", disse porta-voz, que também criticou "monopólio" feito por potências ocidentais

Por Da Redação Atualizado em 20 Maio 2021, 13h42 - Publicado em 20 Maio 2021, 13h33

Em uma aparente intensificação de suas áreas de influência através das vacinas, a China afirmou nesta quinta-feira, 20, que está fornecendo imunizantes contra a Covid-19 para quase 40 países africanos, descrevendo suas ações como puramente altruístas. As vacinas foram doadas ou vendidas a “preços favoráveis”, disse Wu Peng, funcionário do Ministério das Relações Exteriores, a repórteres.

Em uma crítica aos Estados Unidos, Wu comparou o alcance da China às ações de “alguns países que disseram que têm que esperar que seu próprio povo termine a vacinação antes de poder fornecer as vacinas a países estrangeiros”. 

“Acreditamos que é, obviamente, necessário garantir que o povo chinês seja vacinado o mais rápido possível, mas para outros países necessitados, também fazemos o nosso melhor para fornecer ajuda com vacinas”, disse o funcionário, que também exerce o cargo de diretor do departamento do Ministério voltado para o continente africano.

Sob acusações de estoque e monopólio de vacinas, o presidente americano, Joe Biden, prometeu na última segunda-feira, 17, compartilhar mais 20 milhões de doses do imunizante nas próximas seis semanas, elevando o compromisso total dos EUA para 80 milhões. Não está claro quais países serão beneficiados.

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A atuação diplomática dos chineses se espalha de tal forma que representantes de Estados Unidos, Japão, Austrália e Índia se reuniram em um encontro virtual em março para discutir formas de confrontar o gigante asiático.

A declaração da Chancelaria chinesa acontece pouco depois de o Conselho de Segurança da ONU pedir, na quarta-feira, a disponibilidade acelerada de vacinas Covid-19 para a África, expressando preocupação de que o continente recebeu apenas cerca de 2% de todas as vacinas administradas globalmente.

Além disso, a diplomacia de vacinas feita pela China tem se mostrado um sucesso: o país prometeu cerca de meio bilhão de doses de suas vacinas para mais de 45 países, de acordo com uma contagem da Associated Press.

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Com apenas quatro dos muitos fabricantes de vacinas da China afirmando que são capazes de produzir pelo menos 2,6 bilhões de doses este ano, uma grande parte da população mundial acabará imunizada com vacinas não-ocidentais.

O Egito começará a produzir localmente a vacina chinesa da Sinovac em junho, com a empresa permitindo que o lado egípcio obtenha a experiência e a assistência técnica para produzir o imunizante.

“A ajuda por si só não pode resolver os problemas de vacinas da África. Devemos apoiar a fabricação local de vacinas na África, embora isso seja difícil devido aos (baixos) níveis de industrialização”, expressou Wu.

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Em junho de 2020, a China firmou parceria com o Instituto Butantan para a produção da Coronavac, que é, de longe, o imunizante mais aplicado no Brasil até o momento. De acordo com informações da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) divulgadas pelo Ministério da Saúde em meados de abril, a Coronavac representava 83,3% das doses aplicadas.

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