Dilma recebe Prêmio Bertha Lutz no Senado

Brasília, 13 mar (EFE).- A presidente Dilma Rousseff recebeu nesta terça-feira no Senado o Prêmio Bertha Lutz 2012 por contribuir para ampliar os direitos femininos na sociedade.
A homenagem foi concedida como parte das comemorações do Mês da Mulher. ‘Estou convencida de que o século 21 será o século da mulher’, declarou Dilma.
A governante cumprimentou especialmente suas 10 ministras, mas também mencionou os outros membros do governo, que compartilham ‘as lutas das mulheres pela igualdade de oportunidades’, que ‘sempre exigiu enormes sacrifícios’.
‘A igualdade de oportunidades é a mais importante das metas do meu governo assim como foi do governo do presidente Lula. Eu acredito que igualdade de oportunidade, condição, gênero, raça, enfim, de todos os tipos, deve ser a obsessão desse país. Só seremos de fato uma nação desenvolvida se isso ocorrer’, afirmou a presidente.
Em seu discurso, Dilma repassou as políticas em favor das mulheres de seu governo, e frisou que as iniciativas são baseadas num modelo de ‘crescimento econômico, mas também na distribuição de renda e desenvolvimento social’.
O presidente do Senado, José Sarney, lembrou durante a cerimônia que em 28 de fevereiro foram completados 80 anos da aprovação do voto feminino no Brasil, um marco que ‘permitiu que com muito atraso finalmente uma mulher chegasse à presidência do país’.
Sarney afirmou que ‘as mulheres estão cada vez mais presentes’ na política da América Latina e destacou que Dilma, ao lado da argentina Cristina Fernández de Kirchner e da costarriquenha Laura Cinchilla, ‘governam quase 40% da população da região’.
O presidente do Senado também lembrou os dois anos que a presidente passou na prisão, entre 1970 e 1972, por sua militância em grupos de esquerda que combatiam a ditadura, e afirmou que embora ela tenha passado por situações traumáticas, soube superar os acontecimentos para se transformar na ‘criatura extraordinária que é hoje’.
Outra oradora da homenagem foi a Secretária de Políticas para Mulheres da Presidência da República, Eleonora Menicucci, que foi companheira de cela de Dilma e ressaltou a ‘coragem’ e a ‘integridade’ da chefe de estado.
Durante o ato, também foram homenageadas Maria do Carmo Ribeiro, viúva do dirigente comunista Luis Carlos Emprestes; Eunice Michilles, primeira senadora brasileira; a missionária Rosali Scalabrine e a professora Ana Alice Alcântara da Costa. EFE