Diante de impasse, Paquistão adia enforcamento de paraplégico
Abdul Basit contraiu meningite tuberculosa depois de preso e perdeu os movimentos da cintura para baixo
A Justiça do Paquistão anunciou o adiamento da execução por enforcamento de um condenado paraplégico nesta terça-feira. Abdul Basit, preso em 2009 pelo assassinato do tio de uma mulher com quem teria um relacionamento amoroso, ficou paralisado da cintura para baixo após contrair meningite tuberculosa na prisão. Basit, de 43 anos, alega ser inocente.
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Grupos de direitos humanos pressionaram as autoridades paquistanesas a anular a sentença, pois o homem condenado precisa de uma cadeira de rodas para se locomover e, portanto, não seria capaz de permanecer de pé na forca, como preveem as normas de enforcamento do país. Ativistas afirmam que enforcar o paraplégico seria “cruel e degradante”, de acordo com a rede britânica BBC.
O Paquistão reintroduziu a pena de morte no país em dezembro de 2014 e enforcou 239 pessoas desde então. À época, as autoridades justificaram a medida como combate a ataques terroristas, mas passaram a incluir todos os tipos de prisioneiros no corredor da morte.
(Da redação)