Devido à quarentena, tartaruga-gigante volta a aparecer em praias
Sem a interferência humana, espécie sob ameaça de extinção põe mais ovos na Flórida e na Tailândia; apenas uma em cada 1.000 nascidas sobrevive

Para evitar a propagação da Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus, governos colocaram sob quarentena bilhões de pessoas e proibiram o acesso aos pontos turísticos, como praias, reservas naturais e parques. A ausência humana nesses locais trouxe benefício para uma das espécies em extinção: a tartaruga-gigante, a maior exemplar entre as espécies marinhas. Pesquisadores notaram que mais ninhos desses animais surgiram em praias da Flórida, nos Estados Unidos, e da Tailândia, do outro lado do mundo.
Autoridades ambientais da Tailândia descobriram nas praias agora desertas 11 novos ninhos de tartaruga-gigante. O número é o maior em 20 anos, disse Kongkiat Kittiwatanawong, diretor do Centro Phuket de Biologia Marinha, à agência Reuters. “Esse é um sinal muito bom para nós porque várias regiões de desova foram destruídas por humanos”. “Se compararmos com o ano passado, nós não tivemos esse tanto de ninhos porque as tartarugas sofrem com o risco de serem mortas por equipamentos de pesca e pela presença humana nas praias”.
Na Tailândia há 2.792 casos confirmados de Covid-19 e 47 mortos.
Na Flórida, pesquisadores afirmaram que a ausência de humanos fez com que o número de ninhos das tartarugas-gigantes aumentassem no sul do estado. O centro Loggerhead de Vida Marinha contou, ao todo, 76 ninhos da tartaruga e classificou o achado como um aumento “significante” em comparação com anos anteriores.
“Estamos animados ao ver nossas tartarugas prosperando nesse ambiente”, disse Sarah Hirsch, gerente sênior e pesquisadora do Centro Loggerhead, à emissora West Palm News Channel.
Em 2019, os pesquisadores na Florida documentaram cerca de 1.000 ninhos de tartaruga-gigante ao longo de 1.359 quilômetros da costa leste americana. Um aumento no número de ninhos significa maior probabilidade de a tartaruga recém-nascida sobreviver, já que se estima que uma a cada 1.000 nascidas consegue sobreviver.
Os Estados Unidos são o país mais afetado pela pandemia, com 776.513 casos e mais de 40.000 mortos. Na Flórida, são 26.660 casos da doença e 789 mortes.
O fenômeno não é o único exemplo. Javalis selvagens voltaram a aparecer na cidade israelense de Haifa, e veados puderam ser observados andando pelos subúrbios de Londres. Na África do Sul, leões foram avistados tirando um cochilo na estrada de um parque nacional – normalmente os felinos só eram vistos nessa região somente à noite.
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