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Deputado que tuitou foto erótica é pressionado a renunciar

Segundo analistas dos EUA, o 'Weinergate' mina as possibilidades do político democrata Anthony Weiner concorrer à prefeitura de Nova York em 2013

Por Da Redação
8 jun 2011, 17h11

A pressão sobre o deputado democrata Anthony Weiner, envolvido em um escândalo sexual, aumentou nesta quarta-feira – até os seus colegas de partido já pedem a sua renúncia. Cotado como um dos mais fortes candidatos à prefeitura de Nova York, Weiner lançou no Twitter, em 27 de maio, uma foto sua de cueca. Ele queria enviar a imagem erótica a uma estudante universitária e, acidentalmente, acabou mandando o arquivo a todos os seguidores.

Após virar um dos assuntos mais comentados nas redes sociais, Weiner chegou a negar ter enviado as imagens. O parlamentar alegou que suas contas no Twitter e no Facebook haviam sido hackeadas. “Isto parece uma piada para zombar do meu nome. Quando você se chama Weiner, isso acontece muito”, observou, referindo-se à palavra “salsicha” (“wiener”), cuja pronúncia se assemelha ao seu sobrenome.

Espirituoso, o deputado democrata chegou a fazer piadas com o seu “infortúnio”. “Televisão quebrada, Facebook hackeado. Será que o meu liquidificador vai me atacar na próxima? A torradeira é muito leal”, dizia um de seus tweets no dia 28 de maio.

Confissão – Finalmente, na última segunda-feira, Weiner admitiu que mantinha relações sexuais virtuais nos últimos três anos com seis mulheres diferentes – entre elas uma estudante universitária, uma mãe solteira e uma estrela pornô.

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Em uma coletiva de imprensa, o deputado pediu desculpas em público por seu comportamento numa tentativa de convencer seus colegas de partido de que ele pode se manter no cargo. “Eu tenho total responsabilidade por minhas ações”, disse. “A foto era minha e eu a mandei”. O deputado disse ainda que não havia admitido sua conduta inapropriada antes porque estava “envergonhado” e “não queria ser pego”.

Aconselhamento – Segundo Weiner, ele e sua mulher Huma Abedin ainda se amam e não planejam se separar. Abedin, que não estava presente na coletiva de imprensa para demonstrar seu apoio – como outras mulheres geralmente fazem diante de escândalos do tipo nos Estados Unidos -, é o braço direito da secretária de estado Hillary Clinton. Ela foi à sua chefe pedir conselhos.

Pressão – Após os últimos desdobramentos, a pressão para Weiner renunciar é crescente nos Estados Unidos. Em um primeiro momento, os pedidos vinham dos republicanos, mas, quando ficou claro que o deputado havia mentido sobre sua conduta, os democratas aderiram ao coro.

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O presidente do Conselho Nacional do Partido Democrata, Tim Kaine, disse na última terça-feira que a tentativa do deputado de esconder o “Weinergate” o tornou inapto para o seu cargo. “Mentir é imperdoável”, disse Kaine à rede CNN. “Mentir publicamente sobre algo como isso é imperdoável e ele deveria renunciar.”

Por sua vez, a líder da minoria democrata na Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, pediu na segunda-feria uma investigação ética sobre o caso. Outros colegas de partido anunciaram na terça que eles vão doar suas contribuições para a campanha de Weiner à caridade.

Apesar da crescente pressão para sua saída, o deputado disse que não vai renunciar. Porém, de acordo com analistas, ele com certeza já perdeu o seu lugar como um dos principais candidatos à eleição para a prefeitura de Nova York em 2013.

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