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Delirante, Maduro diz que Chávez aparece nas montanhas

Depois de afirmar que o coronel morto há três meses surgiu na forma de um passarinho, presidente venezuelano declara: 'Chávez se fez montanha'

Por Da Redação
7 jun 2013, 23h11

Depois de dizer que o finado coronel Hugo Chávez o visitou na forma de um passarinho, Nicolás Maduro voltou a delirar ao afirmar que o caudilho “aparece nas montanhas” de Caracas. “Cada vez que olho para a montanha, vejo Chávez aparecer, Chávez nosso de todos os dias, Chávez nosso de todas as lutas”, disse Maduro em um ato público na capital. Ele estava em um estádio de beisebol, ouvindo reivindicações sobre transporte público, quando se calou por um momento e observou a paisagem de Caracas, dominada pelo monte Avila, símbolo da capital. “Chávez se fez montanha, Chávez se fez canção, Chávez é o sorriso de um menino, Chávez voando como um passarinho, como apareceu para mim, feito um passarinho cantando, apesar de a direita, essa malvada e perversa, fazer piada, pois é minha crença, é meu amor e ponto”.

Colômbia – Em outro ato público, o herdeiro de Chávez disse que Lula servirá de intermediário para um encontro com o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos. “Lula fez contatos com o presidente Santos para uma possível conversa cara a cara”. O chavista disse estar disposto a renovar as relações com a Colômbia, mas adotou um tom desafiador. “Não aceito joguinhos de ninguém porque aqui não tem bobo governando, aqui há chavistas e bolivarianos e estamos certos do que queremos”.

O governo venezuelano ficou enfurecido com o fato de Santos ter recebido o líder opositor Henrique Capriles na Casa de Nariño, em Bogotá, no final de maio. O ministro das Relações Exteriores, Elías Jaua, esbravejou, o chefe da Assembleia Nacional venezuelana, Diosdado Cabello, também. Santos classificou de “loucura” as acusações de Maduro de que ele estaria conspirando com Capriles para derrubar seu governo. Nesta sexta, o colombiano disse que nunca teve a “intenção de provocar” Maduro ao receber Capriles e que, como democrata, se reúne tanto com o governo como com a oposição. O venezuelano rebateu dizendo que Santos sabe que “foi um erro o que fez” e que os “fascistas da direita que desconhecem a democracia venezuelana” não são democratas. Capriles se encontrou com Santos em Bogotá em busca de apoio depois de perder a disputa presidencial para Maduro por apenas 1,5 ponto percentual de diferença. Ele reclama que não foi realizada uma auditoria completa dos votos e aponta irregularidades no processo eleitoral.

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Escassez – Verborrágico, Maduro também tratou de um dos maiores problemas venezuelanos, a economia. Ele ordenou a liberação das reservas de alimentos do governo para combater o desabastecimento – que em sua visão é culpa dos opositores, claro. “A direita fascista acha que pode derrotar o povo venezuelano com a guerra econômica. Nós vamos mostrar a eles quem pode mais, se eles, com sua sabotagem à economia, ou nosso povo”, disse. Ele prometeu corrigir a tendência inflacionária com “mais produção” e chamou a população a não cair na “guerra psicológica” correndo aos supermercados para comprar de maneira excessiva, informou o jornal El Mundo.

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A crise de escassez de produtos básicos como açúcar, farinha ou papel higiênico no país levou Jose Augusto Montiel, um estudante de engenharia química de 21 anos, a criar um aplicativo no qual os usuários avisam onde os produtos mais procurados estão disponíveis. Os usuários compartilham a informação de forma que qualquer pessoa possa encontrar em um mapa o produto que precisa, a uma distância de um, cinco, dez ou até 100 quilômetros. “Buscando papel higiênico, por favor, espere”, indica o navegador durante a busca, que também pode ser realizada especificamente em locais com preços regulados.

(Com agências France-Presse, Reuters e EFE)

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