Delegação internacional de senadores é impedida de visitar Leopoldo López
A comitiva levava um documento do Ministério do Interior da Venezuela que a credenciava a fazer a visita
As autoridades responsáveis pela penitenciária em que está preso o líder opositor político venezuelano Leopoldo López impediram nesta sexta-feira a entrada de uma delegação internacional de senadores que queria visitá-lo.
O grupo, composto por parlamentares como os espanhóis Dionisio García, do Partido Popular (PP); Iñaki Anasagasti, do Nacionalista Basco (PNV); Josep Maldonado, do Convergència i Unió (CiU); e o uruguaio Pablo Mieres, do Partido Independiente (PI), viu frustrada pela segunda vez a tentativa de se encontrar com políticos presos no país de Maduro.
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“Quero dizer ao povo venezuelano e, sobretudo, aos dirigentes políticos que estão injustamente presos, que não vamos deixá-los nesta luta (…) que vamos continuar”, disse aos jornalistas o senador Ander Gil, do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE). Os senadores levavam um documento do Ministério do Interior da Venezuela que credenciava a delegação a fazer a visita.
“A decisão depende somente das autoridades judiciais e policiais, e até agora não temos nenhuma resposta”, disse aos jornalistas o senador Dionisio García, pouco antes de ir embora com seus colegas e as esposas de Leopoldo López e Antonio Ledezma, Lilian Tintori e Mitzy Capriles, respectivamente.
García disse esperar que ao menos Lilian consiga autorização para uma visita familiar na prisão de Ramo Verde, nos arredores de Caracas, para dar a López o “abraço” e “carinho” dos senadores e de “os principais grupos do Senado da Espanha que são os grupos que representam à imensa maioria da população espanhola”.
A delegação de senadores espanhóis chegou a Caracas na quarta-feira passada e conseguiu visitar Ledezma em sua residência, onde o opositor cumpre prisão domiciliar desde abril deste ano, acusado de conspirar contra o governo. Nessa quinta-feira, o grupo foi proibido de visitar o ex-prefeito Daniel Ceballos, preso nas dependências do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), mas cumpriu o restante da agenda ao se reunir com parentes de políticos presos ou acusados pelo governo, assim como com bispos venezuelanos.
(Com EFE)