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Defesa de parentes de Ben Ali pede suspensão de julgamento

Familiares podem ser condenados a penas de seis meses a cinco anos de prisão

Por Da Redação
10 ago 2011, 17h51

A defesa dos 23 membros da família do ditador deposto Zine el Abidine Ben Ali e do ex-chefe de segurança Ali Seriati pediu nesta quarta-feira a suspensão do julgamento em que são acusados de crimes contra o país. De acordo com fontes judiciais, os acusados podem ser condenados a penas de seis meses a cinco anos de prisão, além de multas elevadas.

A defesa insistiu que Seriati – homem-chave do regime de Ben Ali e julgado por falsificação de passaportes e cumplicidade – não deve se sentar no banco dos réus. “Não só deve ser declarado inocente, mas reconhecido como herói da revolução”, afirmou o advogado Abdelkrim Kahlul, cuja declaração provocou o repúdio dos presentes na sala abarrotada.

O homem que controlava os serviços de segurança do país antes de ser detido, em 14 de janeiro, estava algemado e visivelmente abatido. Antes de ser preso, no aeroporto militar de Auina, ele facilitou a fuga do presidente Ben Ali e de sua família para a Arábia Saudita, onde estão refugiados. Seriati também enfrenta acusações mais graves, como as de complô contra a segurança nacional do Estado, incitação a cometer crimes e provocação de desordem, pelas quais será julgado futuramente.

Clã – Além do general Seriati, também foram detidos 23 membros da família do ditador deposto, entre eles várias irmãs e sobrinhos de Leila Trabelsi, a mulher do sobrinho preferido de Ben Ali, Imed Trabelsi. Trabelsi, que já foi condenado a quatro anos de prisão por posse e consumo de drogas, gritou em pleno julgamento que exigia “um processo equitativo e justo”. A maioria dos familiares estava em posse de grandes quantidades de dinheiros e jóias quando foram detidos.

Também se apresentaram ao juiz outras nove pessoas próximas à família do ex-ditador tunisiano (três mulheres e seis homens), que estão em liberdade. Entre eles, estava a viúva de Moncef, irmão mais velho de Ben Ali, condenado na França, em 1992, por tráfico de drogas. A previsão é de que o juíz dê o veredito na sexta-feira.

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Contexto – Desde que o julgamento começou, em 26 de julho, os acusados têm negado reiteradamente os fatos dos quais são acusados, enquanto o general Seriati tem afirmado que Ben Ali não queria deixar o poder em 14 de fevereiro, em meio a uma onda de protestos populares, mas acabou sendo convencido pelos familiares a fazê-lo.

No mês passado, Ben Ali foi condenado, pela terceira vez à revelia, por corrupção e fraude. Antes disso, ele também havia sido condenado por desvio de verbas, posse de armas, posse drogas e posse objetos arqueológicos.

(Com agência France-Presse)

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