Declaração antiga coloca secretário da Defesa dos EUA em saia-justa com Trump
Declarações de 2016, de quando era comentarista da Fox News, contradizem posição atual do secretário ao defender ações militares de Trump no Caribe
Um vídeo de 2016, revelado pela CNN, colocou o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, no centro de um desgaste político com o presidente Donald Trump.
Nas imagens, gravadas quando Trump ainda era pré-candidato, Hegseth afirma repetidamente que os militares têm obrigação de recusar ordens ilegais, exatamente o contrário do que ele defendeu recentemente ao criticar congressistas democratas.
A gravação reaparece em um momento delicado: o governo é alvo de questionamentos após uma série de ataques contra barcos suspeitos de transportar drogas na costa da Venezuela e da Colômbia.
A segunda ofensiva, em 2 de setembro, matou dois sobreviventes de um ataque anterior. No total, já são vinte ações militares, com mais de oitenta mortos, sem que o governo tenha apresentado provas de que as vítimas eram de fato traficantes. Críticos classificam os ataques como execuções extrajudiciais.
No vídeo de 2016, então comentarista da Fox News, Hegseth, reagia às promessas de Trump de que o Exército obedeceria a ordens que incluíam matar familiares de terroristas ou retomar métodos de tortura.
“Você não cumpre uma ordem ilegal”, afirmou à época, reiterando que soldados podem ser punidos criminalmente se o fizerem.
Agora, porém, o secretário critica duramente democratas que disseram exatamente o mesmo. No mês passado, o senador Mark Kelly e outros parlamentares com carreira militar publicaram um vídeo orientando tropas a rejeitar ordens inconstitucionais.
Trump reagiu afirmando que os congressistas deveriam “estar presos”, acusando-os de “comportamento sedicioso”.
No sábado, em discurso na biblioteca Ronald Reagan, o secretário reforçou a defesa das operações navais.
Comparou suspeitos de tráfico a terroristas e disse que Trump pode recorrer à força “como achar necessário” para proteger interesses dos EUA, minimizando preocupações sobre violações ao direito internacional.
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