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Décima mulher acusa Trump de assédio sexual, cometido há 18 anos

Karena Virginia disse que o candidato republicano fez comentários ofensivos sobre ela e tocou seu seio, mesmo sem conhecê-la

Por Da redação
Atualizado em 21 out 2016, 08h36 - Publicado em 20 out 2016, 17h23

A instrutura de ioga Karena Virginia acusou nesta quinta-feira o candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, de tê-la assediado e a tocado de forma inapropriada há 18 anos. O caso veio à tona horas após o último debate entre os candidatos americanos, em que o magnata negou todas as acusações anteriores de abuso, tachando as mulheres de mentirosas, e afirmou que tudo foi armado pela campanha de Hillary Clinton.

Virginia  deu uma entrevista coletiva em Nova York junto à advogada Gloria Allred, que há uma semana representou outra mulher que teria sido abusada por Trump. A vítima chorou várias vezes ao lembrar de seu encontro com o republicano, em 1998, na saída do Aberto de Tênis dos Estados Unidos.

“Estava esperando um carro para me levar para casa quando me dei conta de que Donald Trump se aproximava. Eu sabia quem era, mas não o conhecia”, contou Virginia. Segundo ela,  Trump estava junto com outros homens e, quando começou a se aproximar, fez comentários que a fizeram “se sentir como um objeto, não como uma mulher”. “Vejam esta aqui, não a vimos antes, olhem essas pernas”, teria dito o magnata.

“Ele caminhou até mim e pegou o meu braço direito. Então, sua mão tocou o lado do meu seio. Eu estava em choque”, descreveu. De acordo com Virginia, Trump também perguntou se ela “não sabia quem ele era”. “Eu me senti intimidada e impotente. Quando meu carro chegou e eu entrei, meu choque se tornou vergonha”, confessou.

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A instrutora de ioga disse que manteve a experiência em segredo por se sentir envergonhada pelo que tinha acontecido e que o problema com Trump deixou nela sequelas emocionais e psicológicas. “Parei de usar vestidos curtos e saltos altos, me sentia culpada”, contou. Virginia, no entanto, decidiu publicar seu relato como uma forma de apoio para outras nove mulheres que também denunciaram episódios de assédio sexual contra o candidato republicano. Segundo sua advogada, ela não entrará com um processo formal contra Trump por enquanto.

(Com EFE)

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