Debate nos EUA: Hillary acusa Trump de se beneficiar da crise
Hillary Clinton e Donald Trump se enfrentam no primeiro debate eleitoral entre os principais candidatos da campanha americana
O bloco dedicado à economia americana no primeiro debate entre os principais candidatos à Presidência dos Estados Unidos, a democrata Hillary Clinton e o republicano Donald Trump, foi marcado por provocações na noite desta segunda-feira na Universidade de Hofstra, em Nova York.
Os candidatos discutiram suas propostas para expandir a economia dos EUA. Trump atacou a atual política econômica da administração Obama e prometeu criar milhões de empregos reduzindo os impostos tanto das pequenas como das grandes empresas. Hillary contra-atacou afirmando que o plano econômico do magnata pode causar um déficit de 5 trilhões de dólares aos cofres americanos.
A candidata democrata acusou seu rival republicano de ter desejado a crise econômica que castigou os EUA em 2008 e ter se beneficiado dela. “Donald foi um dos que se aproveitou da crise imobiliária”, afirmou. Hillary reiterou que uma das razões fundamentais da “pior crise desde a Grande Depressão”, foi um sistema tributário similar ao que é proposto pelo magnata, que pretende reduzir os impostos dos mais ricos.
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Trump acusou a rival de não ter um plano para reduzir o desemprego nos Estados Unidos e de apoiar a Nafta, o tratado de livre comércio dos EUA com países da América, que o empresário ataca frequentemente. “Você vai expulsar empregos do país”, afirmou Trump para a democrata.
Imposto de renda
Ainda no primeiro bloco, relacionado ao tema economia, Hillary desafiou Trump a divulgar seu Imposto de Renda para provar que paga seus impostos e faz as doações de caridade que afirma fazer, por meio de sua fundação. O republicano se comprometeu a divulgar seu Imposto de Renda assim que Hillary tornar públicos seus milhares de e-mails trocados por servidor privado enquanto ela era secretária de Estado. Em resposta, a democrata reconheceu o erro de recorrer a um servidor privado para discutir assuntos oficiais e afirmou que não faria novamente se tivesse outra chance.