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De olho nas eleições presidenciais, Buenos Aires vai às urnas para escolher prefeito

Mesmo após 12 anos de kirchnerismo no país, a oposição mantém o controle da capital e principal cidade argentina. Rodríguez Larreta lidera as pesquisas com mais de 40%

Por Da Redação
4 jul 2015, 21h12

Os habitantes da capital argentina irão às urnas neste domingo em uma eleição-chave para a oposição, que tenta conservar seu principal reduto. Há doze anos no poder, o kirchnerismo não consegue vencer em Buenos Aires, uma das principais vitrines políticas do país, atrás apenas da Presidência e do governo da província de Buenos Aires. A quatro dias da eleição para prefeito, as pesquisas apontam como vencedor Horacio Rodríguez Larreta o candidato do partido Proposta Republicana (PRO), mas ele não deve conseguir evitar o segundo turno, marcado para o dia 19 de julho.

Rodríguez Larreta é apoiado pelo empresário Mauricio Macri, atual prefeito portenho e candidato da oposição mais bem posicionado nas pesquisas para as presidenciais de 25 de outubro. “É quase impossível alcançar 50% e vencer no primeiro turno”, admitiu na terça-feira Macri, que fez campanha junto ao seu chefe de Gabinete, o candidato a sucedê-lo na cidade que governa desde 2007. Em segundo lugar aparecer Martín Lousteau, do partido Coalizão Cívica, um ex-ministro da Economia da presidente Cristina Kirchner que passou à oposição. Na campanha se diferenciou de Rodríguez Larreta, mas seus partidos são aliados para as presidenciais.

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Neste distrito adverso ao kirchnerismo governante o terceiro lugar é de Mariano Recalde, presidente da Aerolíneas Argentinas e membro de La Cámpora, grupo liderado por Máximo Kirchner, o filho da presidente. Segundo as pesquisas, as intenções de voto em Rodríguez Larreta têm entre 42% a 47%. Lousteau tem entre 24% e 30%, enquanto Recalde, da Frente para a Vitória (FPV), soma entre 16% e 20%. “O alto nível de apoio a Rodríguez Larreta está muito relacionado à gestão de Macri, já que 95% de seus eleitores aprovam a atual administração”, explicou Fabián Perechodnik, diretor da consultora Poliarquía.

Quase nunca na história o peronismo, corrente política do partido de Cristina Kirchner, conseguiu assumir a capital. Mas o comportamento dos portenhos nas urnas não é necessariamente um indicador do que ocorrerá em nível nacional nas presidenciais. “Acredito que não há um vínculo direto entre o resultado na Capital e nas presidenciais. Apenas, eventualmente, um clima vitorioso, mas isso dura uma ou duas semanas”, advertiu Santiago Videla, diretor da SV Investigación. Quase 40% do eleitorado do país está na província de Buenos Aires. Nas presidenciais, o candidato governista Daniel Scioli lidera as intenções de voto cm 34,9%, contra 26,3% de Macri, segundo a última pesquisa de Management & Fit. A oposição, no entanto, crê que uma vitória na maior cidade do país seria um ótimo impulso para a campanha nacional.

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Segundo a consultora SV Investigación, o pouco carismático Rodríguez Larreta desperta adesões entre os mais velhos, de até 61% entre os maiores de 55 anos. Os outros dois candidatos conquistam os mais jovens. Na capital, que tem 2,5 milhões de eleitores, uma grande massa da classe média utiliza educação e saúde privadas. Não parece afetada pela queda de investimentos nestas áreas.

(Da redação)

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