Dados não oficiais indicam aprovação de Constituição egípcia
Segunda etapa de referendo foi realizada sábado - a primeira foi realizada no dia 15. 'Sim' teria alcançado 64% dos votos, segundo Irmandade Muçulmana
Por Da Redação
23 dez 2012, 07h50
Veja.com Veja.com/VEJA.com
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1/35 Manifestante conduz bandeira do Egito durante confrontos ao longo da ponte Qasr Al Nil, Cairo (Amr Abdallah Dalsh/Reuters/VEJA)
2/35 Soldado do exército egípcio tenta parar manifestantes em Port Said, Egito (Amr Abdallah Dalsh/Reuters/VEJA)
3/35 Mulheres durante protesto contra o presidente egípcio Mohamed Mursi, no Cairo (Mosaab Elshamy/EFE/VEJA)
4/35 Manifestantes gritam palavras de ordem na cidade de Port Said, Egito (Amr Abdallah Dalsh/Reuters/VEJA)
5/35 Partidários do presidente egípcio Mohamed Mursi tentam impedir manifestantes em Port Said (Amr Abdallah Dalsh/Reuters/VEJA)
6/35 Manifestante conduz bandeira egípcia na ponte Kasr El Nile, Cairo (Mohamed Abd El Ghany/Reuters/VEJA)
7/35 Manifestantes gritam palavras de ordem na cidade de Port Said, Egito (Amr Abdallah Dalsh/Reuters/VEJA)
8/35 Manifestante se prepara para lançar bomba de gás lacrimogêneo de volta para a polícia durante confrontos na Praça Tahrir, Cairo (Mohamed Abd El Ghany /Reuters/VEJA)
9/35 Manifestantes se escondem da polícia em Alexandria durante confrontos no aniversário de dois anos da revolta que derrubou o ex-presidente Hosni Mubarak (Asmaa Waguih/Reuters/VEJA)
10/35 Fotógrafos se protegem enquanto manifestantes atiram pedras em direção a polícia da Praça Tahrir, no Cairo (Amr Abdallah Dalsh/Reuters/VEJA)
11/35 Manifestante conduz a bandeira egípcia em meio a fumaça de bombas de gás lacrimogênio durante protestos na praça Tahrir no Cairo, no segundo aniversário da revolta que derrubou o presidente Hosni Mubarak (Mahmoud Khaled/AFP/VEJA)
12/35 Crianças brincam em uma saída de ar da praça Tahrir, Cairo (Asmaa Waguih/Reuters/VEJA)
13/35 Mulheres gritam durante um protesto na praça Tahrir, no Cairo. Manifestantes entraram em confronto com a polícia em todo o Egito, nesta sexta feira (25) (Mohamed Abd El Ghany/Reuters/VEJA)
14/35 Manifestantes são vistos através da fumaça de bombas de gás lacrimogêneo usadas pela polícia durante os confrontos em Alexandria, nesta sexta feira (25) (Asmaa Waguih/Reuters/VEJA)
15/35 Manifestantes entraram em confronto com a polícia em Alexandria nesta sexta feira (25), no segundo aniversário da revolta que derrubou o presidente Hosni Mubarak (Asmaa Waguih/Reuters/VEJA)
16/35 Manifestantes entraram em confronto com a polícia em Alexandria nesta sexta feira (25), no segundo aniversário da revolta que derrubou o presidente Hosni Mubarak (Asmaa Waguih/Reuters/VEJA)
17/35 Manifestantes entraram em confronto com a polícia em Alexandria nesta sexta feira (25), no segundo aniversário da revolta que derrubou o presidente Hosni Mubarak (Asmaa Waguih/Reuters/VEJA)
18/35 Manifestantes, cantam slogans anti-Mursi na Praça Tahrir, no Cairo (Asmaa Waguih/Reuters/VEJA)
19/35 Egípcias cortam o cabelo em manifestação contra o novo projeto de Constituição. A oposição vê a nova proposta como um enfraquecimento do dos direitos humanos, especialmente os das mulheres (Khaled Desouki/AFP/VEJA)
20/35 Manifestante carrega escudo da polícia de choque durante protesto em frente ao palácio presidencial, no Cairo (Asmaa Waguih/Reuters/VEJA)
21/35 Polícia egípcia dispersa manifestantes durante protestos anti-Mursi em frente ao palácio presidencial, no Cairo (Khaled Elfiqi/EFE/VEJA)
22/35 Homem anda de bicicleta em frente ao palácio presidencial antes de manifestação contra o presidente Mohamed Mursi, no Cairo (Amr Abdallah Dalsh/Reuters/VEJA)
23/35 Políciais egípcios protegem palácio presidencial antes de manifestação, no Cairo (Khaled Elfiqi/EFE/VEJA)
24/35 Manifestantes anti-Mursi acampam na praça Tahrir, no Cairo (Asmaa Waguih/Reuters/VEJA)
25/35 Políciais egípcios protegem palácio presidencial antes de manifestação, no Cairo (Amr Abdallah Dalsh/Reuters/VEJA)
26/35 Manifestantes agitam bandeiras nacionais durante protesto contra membros do antigo regime no governo do Egito (Khaled Desouki/AFP/VEJA)
27/35 Dezenas de milhares de pessoas se reuniram na praça Tahrir mostrando seu poder de convocação em uma grande manifestação (Khaled Desouki/AFP/VEJA)
28/35 Manifestantes exigem que membros do antigo regime sejam afastados de cargos públicos (Khaled Desouki/AFP/VEJA)
29/35 Manifestante segura cartaz com foto de Omar Suleiman, ex-vice-presidente e chefe da inteligência no mandato de Mubarak, durante protesto na praça Tahir no Cairo, Egito (Khaled Desouki/AFP/VEJA)
30/35 Muçulmanos e salafistas (diferente vertente do movimento islâmico) estão entre os manifestantes na praça Tahir no Cairo, Egito (Khaled Desouki/AFP/VEJA)
31/35 Mulheres muçulmanas também participaram do protesto na praça Tahrir (Asmaa Waguih/Reuters/VEJA)
32/35 Vista geral do protesto dos islamitas com o slogan "proteja a revolução" que ocorreu na praça Tahir no Cairo, Egito (Khaled Desouki/AFP/VEJA)
33/35 Manifestantes debruçam-se uns sobre os outros devido à falta de espaço durante a reza de sexta-feira (Asmaa Waguih/Reuters/VEJA)
34/35 Manifestantes se protegem do sol durante a reza de sexta-feira na praça Tahrir (Asmaa Waguih/Reuters/VEJA)
35/35 Homens islamistas rezam em meio às manifestações na praça Tahrir no Cairo, Egito (Khaled Desouki/AFP/VEJA)
Dados não oficiais apontam que os egípcios aprovaram a nova Constituição do país depois da realização da segunda etapa do referendo sobre o texto, neste sábado. Considerando-se o resultado das duas etapas do referendo – a primeira foi realizada no último dia 15 e a segunda, no dia 22, o ‘sim’ teria alcançado 64% dos votos, segundo a organização islâmica Irmandade Muçulmana, que levou Mohamed Mursi à vitória nas eleições presidenciais de junho. Outros 36% teriam votado contra a Carta Magna. Mas a abstenção foi alta: ainda segundo a Irmandade Muçulmana, cerca de 30% dos egípcios compareceram às urnas. Resultados oficiais só devem ser divulgados nesta segunda-feira. Se o resultado favorável ao texto for confirmado, o país deverá realizar eleições parlamentares em até três meses.
Os dados preliminares divulgados pelo grupo fundamentalista apontam que o ‘sim’ venceu na votação deste sábado com 71% dos votos. Na primeira fase, também segundo dados não oficiais, o ‘sim’ havia vencido por uma margem menor (56,5% dos votos). A primeira etapa foi realizada em dez áreas do país, incluindo Cairo e Alexandria. Na capital, a maioria teria votado contra a Carta Magna, enquanto em Alexandria, o resultado teria sido a favor do texto.
Os grupos favoráveis a Mursi também afirmam que a Constituição ajudará na transição para a democracia, quase dois anos depois da queda do ditador Hosni Mubarak, em fevereiro do ano passado. No entanto, os confrontos no Egito se agravaram no final de novembro, quando foi anunciado um decreto ampliando os poderes do presidente – os críticos consideraram que o decreto dava poderes “ditatoriais” a Mursi. Entre as medidas previstas no texto, a proibição de se questionar judicialmente decisões presidenciais.
Oposição – Os opositores do governo dizem que o texto constitucional favorece os islamitas e ignora os direitos dos cristãos, que constituem cerca de 10% da população, e também das mulheres. “Eles estão controlando o país, a votação e influenciando as pessoas, então o que mais poderíamos esperar?”, disse um representante da principal coalizão opositora, a Frente de Salvação Nacional.
“Estou votando ‘não’ porque o Egito não pode ser comandado por uma única facção”, disse Karim Nahas, de 35 anos, em uma sessão de votação nos arredores do Cairo. Em outra sessão, alguns eleitores disseram estar mais interessados em acabar com o longo período de instabilidade política no país do que com os aspectos islâmicos da Constituição.
Os grupos de oposição também reclamam de irregularidades nas duas etapas de votação do referendo, principalmente na primeira fase. Seções de votação que abriram mais tarde, islamitas fazendo campanha em locais de votação e irregularidades no registro do voto foram algumas das situações apontadas. A votação teve de ser realizada em dois dias porque muitos juízes se recusaram a supervisionar o pleito, e não haveria equipes suficientes para monitorar toda a votação em um único dia.
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