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Da plebe à realeza: os casamentos “desiguais” nas monarquias

Conheça histórias de outros ex-plebeus que tiveram que se adaptar aos protocolos reais em nome do final feliz

Por Maria Clara Vieira Atualizado em 22 jan 2020, 18h31 - Publicado em 22 jan 2020, 18h09

Desde os primórdios da literatura, o conto de fadas da jovem plebeia que ascende a realeza captura a imaginação de meninas pelo mundo inteiro. Na vida real, entretanto, o “felizes para sempre” de quem nasceu entre os meros mortais e se apaixonou por um sangue azul não é tão pomposo quanto as cerimônias de casamento que se vê pela televisão. Ao longo da história, os chamados “casamentos desiguais” sempre deram o que falar em suas terras, forçando monarcas e súditos a colocaram uma vez mais na balança o peso de tradições, protocolos e tratamentos – um assunto trazido à tona, mais uma vez, pela saída do príncipe Harry e sua esposa, a atriz Meghan Markle, da família real britânica.

Há quem diga, afinal, que a duquesa de Sussex foi especialmente destratada pelos implacáveis tabloides das terras da rainha. O próprio Harry, agora destituído do título de “Sua Alteza Real”, chegou a comparar o assédio sofrido pela esposa ao caso da mãe, a princesa Diana. Os críticos, por outro lado, ressaltam a inadequação de Markle à vida à qual a duquesa de Cambridge, Kate Middleton, se adaptou perfeitamente. “Neste aspecto, Kate levou vantagem por ser britânica, além de nascida em uma família riquíssima. Mas, mesmo em contextos mais adversos, o casamento desigual não é garantia de fracasso”, pondera a historiadora Astrid Beatriz Bodstein, especialista no assunto. “Muitas princesas e príncipes sem origem nobre se adequaram à realeza sem deixar de imprimir sua personalidade à instituição. Outros ainda enfrentam algumas rusgas”, explica a especialista. Conheça alguns casos:

Mette-Marit, Princesa Herdeira da Noruega

Filha de um jornalista com uma ex-stripper, a esposa do príncipe Haakon da Noruega causou um alvoroço na pacata Escandinávia quando apareceu nos compromissos oficiais. Isso porque, além da origem humilde, Mette-Marrit é mãe solteira de um jovem fruto de seu relacionamento com um homem condenado por tráfico de drogas. O bafafá crescente às vésperas do casamento obrigou o casal a dar uma entrevista coletiva na qual a princesa pediu desculpas por seu passado. Funcionou: a princesa é hoje uma das mais queridas na Escandinávia.

Princesa Mary da Dinamarca

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Mary e o príncipe Frederik, filho mais velho da rainha Margareth II, se conheceram em um bar de Sydney enquanto o herdeiro real visitava a Austrália durante os Jogos Olímpicos de Verão de 2000. Publicitária de formação, a princesa australiana não apenas conquistou o público, como ganhou o aval da própria rainha para atuar como regente na ausência do marido. “Ela se adaptou a todos os protocolos e se envolveu em causas sociais”, elogia Astrid.

Rainha Letizia da Espanha

A esposa do rei Filipe é neta de sindicalistas e está longe de ser unanimidade entre os seus súditos. “Ela é extremamente antipática. Alguns biógrafos afirmam que sofre de um complexo por não ter nascido real”, explica a historiadora. Na Páscoa de 2018, Letizia protagonizou um episódio particularmente desagradável ao impedir as filhas Sofia e Leonor de tirarem uma foto com a avó, a rainha emérita Sofia. A discussão rendeu vaias em Madri e, como não poderia deixar de ser, uma série de abraços e beijinhos com a sogra em público para apaziguar a celeuma.

Princesa Charlene de Mônaco

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“É como se Mônaco não tivesse uma primeira dama”, diz Astrid, sobre a princesa sul-africana e ex-nadadora olímpica casada há 8 anos com o príncipe Albert II. Apesar de ter sido visto junto pela primeira vez ainda em 2000, o casal real do pequeno principado europeu raramente é visto em público – até mesmo em alguns compromissos oficiais o herdeiro costuma ir sozinho. Sem falar na nítida rivalidade entre Charlene e sua cunhada, Caroline, que, segundo os tabloides, nenhuma faz questão de esconder.

Príncipe Daniel da Suécia

Ex-preparador físico da princesa Victoria, herdeira da Suécia, o consorte teve que enfrentar a resistência dos sogros no começo de seu relacionamento, que só seria aprovado depois de sete anos. Antes do casamento em 2009, Daniel foi obrigado a adaptar seu vestuário, estudar inglês e, claro, todo o protocolo real. Deu certo: apesar de discreto, o duque de Västergötland, como hoje é conhecido, é bem aceito no país.

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