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Cúpula dos Brics na Rússia vira palanque para Putin

A cúpula na pequena cidade de Ufá é uma ótima chance para a Rússia mostrar ao Ocidente que pode se virar muito bem sem a proximidade das potências ocidentais

Por Da Redação
6 jul 2015, 12h31

O grupo de países emergentes Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) vai lançar um banco de desenvolvimento em reunião de cúpula nesta semana. O evento será uma ótima oportunidade para presidente russo, Vladimir Putin, aparecer e mostrar que a Rússia não está isolada no jogo geopolítico global.

O encontro será realizado na distante cidade russa de Ufá – originalmente uma fortaleza erguida por ordem do czar Ivan, o Terrível -, e os países do grupo pretendem dar os toques finais para por em funcionamento uma instituição financeira conjunta e um fundo de 100 bilhões de dólares (mais de 300 bilhões de reais) em reservas. Os Brics representam um quinto da produção econômica do mundo e 40% de sua população. O fundo e o Novo Banco de Desenvolvimento, que tem um capital inicial de 50 bilhões de dólares (150 bilhões de reais), é essencial para os esforços do grupo para reformular o sistema financeiro liderado por potências ocidentais.

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“Nesta reunião, colocaremos em funcionamento nossas duas maiores instituições, o que é crucial para avançarmos como grupo e aprender mais uns com os outros”, disse à agência Reuters um representante brasileiro envolvido nos preparativos da cúpula. “Ninguém achava que isso seria possível um ano atrás, quando ratificamos as propostas”, acrescentou o funcionário, que pediu para não ser identificado por não ter permissão de falar publicamente sobre o encontro de dois dias que começa na quarta-feira.

Palanque – Além da pauta financeira, na agenda de reuniões também estão outros temas, como a situação na Ucrânia e a ameaça do Estado Islâmico (EI). A intenção da Rússia, que recebe este ano a 15ª cúpula dos Brics, é promover a dimensão política do fórum, que nasceu com uma vocação essencialmente econômica. Com isso, o país pretende ganhar peso e apoios em um momento em que suas relações diplomáticas com a Europa e Estados Unidos estão muito fragilizadas.

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Para Putin, que voltou seu foco às economias emergentes, especialmente a Ásia, depois que o Ocidente impôs sanções a Moscou em função de seu papel na crise da Ucrânia, a cúpula também é uma ótima chance de mostrar ao Ocidente que a Rússia pode se virar muito bem sem as potências ocidentais. “Os Brics, além de sua pauta econômica e pragmática, se tornaram um fator influente na política global”, disse o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, na semana passada.

(Da redação)

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