Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Cruz Vermelha não consegue chegar a Homs e levar ajuda

Regime havia permitido entrada da organização na cidade na última quinta-feira

Por Da Redação
4 mar 2012, 12h05

Embora o governo sírio tenha permitido a entrada da Cruz Vermelha em Homs na última quinta-feira, as tropas do regime impedem que a entidade ingresse na cidade neste domingo e entregue produtos de ajuda humanitária aos habitantes locais. “Temos luz verde, esperamos entrar e esperamos que hoje seja o dia”, afirmou o porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha em Damasco, Saleh Dabbakeh, que não deu mais detalhes sobre as negociações com as autoridades sírias. “Estamos muito preocupados com as pessoas em Baba Amr”, afirmou, referindo-se ao isolado bairro de Homs.

Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
  2. • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram mais de 9.400 pessoas no país.
  3. • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.

Leia mais no Tema ‘Guerra Civil na Síria’

Na sexta-feira, sete caminhões da Cruz Vermelha chegaram a Homs com alimentos, medicamentos, cobertores e leite infantil, mas o comboio não conseguiu entrar no bairro de Baba Amr. Segundo o presidente da organização, Jakob Kellenberger, o comboio ficaria durante a noite em Homs na esperança de entrar em breve no local. Revoltado com o bloqueio de caminhões com ajuda humanitária na Síria, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, classificou como “inaceitável e intolerável” a situação no país. Ban pressionou o governo de Damasco a permitir, “sem impor condições”, a chegada de ajuda humanitária ao moradores de Baba Amr.

Continua após a publicidade

No sábado, pelo menos 20 pessoas morreram no país, a maioria na província setentrional de Idlib, em mais uma jornada de violência. Também houve um atentado com carro-bomba em Deraa, no sul do país. As autoridades sírias acusaram um terrorista suicida pelo atentado. Já o rebelde Exército Livre Sírio (ESL) apontou o regime de Bashar Assad como autor da ação. Depois de um mês de bombardeios pelas forças do presidente Bashar Assad, aumentaram as preocupações com os civis feridos, famintos e que sofrem com o frio em Homs.

O mundo se provou impotente para impedir os massacres na Síria, onde a repressão de protestos inicialmente pacíficos contra o governo de Assad causaram uma revolta de desertores do Exército e outros cidadãos. O governo afirma que está combatendo terroristas apoiados por países estrangeiros, a quem culpam pela morte de centenas de soldados e policiais em todo o país. A ONU afirma que as forças sírias já mataram mais de 7.500 civis desde março passado, quando começou a revolta contra as quatro décadas de poder da família Assad.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.