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Cristina volta ao tribunal para negar acusações de lavagem de dinheiro

Ex-presidente e atual senadora desafia Justiça a encontrar provas de sua participação no esquema "Rota do Dinheiro K", de Kirchner

Por Da Redação
Atualizado em 18 set 2018, 18h35 - Publicado em 18 set 2018, 18h00

A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner entregou nesta terça-feira (18) à Justiça um documento no qual rejeita a acusação de estar ligada ao esquema de lavagem de dinheiro do empresário Lázaro Báez. O caso é conhecido como “Rota do Dinheiro K” e envolve as operações de expatriação e repatriação de cerca de 60 milhões de dólares para legitimar esse capital.

“Não apenas desconheço por completo essa suposta manobra, como não existe qualquer elemento de prova que me vincule à mesma”, alegou a atual senadora no documento, entregue ao juiz Sebastián Casanello.

“Podem continuar a vigiar os meus movimentos e os de minha família, escutar de maneira clandestina as minhas conversas telefônicas ou escavar toda a Patagônia argentina ou onde quer que seja, que nunca vão encontrar nada que me envolva porque jamais me apoderei de dinheiro ilegal”, desafiou.

Na segunda, Kirchner teve sua prisão preventiva decretada pelo juiz federal Claudio Bonadio, que a processou também como chefe de um esquema de corrupção entre autoridades de seu governo e empresários interessados em licitações públicas. O escândalo é chamado de “Cadernos da Propina”. A prisão da ex-presidente depende de decisão do Senado sobre seu foro privilegiado.

De acordo com a promotoria, a “Rota do Dinheiro K” aconteceu entre 2010 e 2013, quando Cristina Kirchner, uma peronista de centro esquerda, governava a Argentina. No centro desse processo está Lazaro Báez, um ex-caixa de banco que criou um império de negócios em Santa Cruz, onde ganhou licitações de petróleo e obras públicas nos governos de Néstor e Cristina Kirchner (2003-2015).

O empresário é dono de vários apartamentos, casas e terrenos. Entre suas propriedades, estão cerca de 25 fazendas, em um total de 400.000 hectares na Patagônia argentina. Em uma de suas propriedades,localizada em El Calafate, foram feitas escavações há dez dias como parte da busca de dinheiro enterrado em contêineres. Não houve sucesso.

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Cristina Kirchner chegou sorridente à sede dos tribunais, no centro de Buenos Aires, onde era esperada por um grupo de militantes. Como de costume, não falou com a imprensa, mas aproveitou sua conta no Twitter para ressaltar que esta foi a oitava vez que prestou depoimento em um processo judicial.

“Pela oitava vez vou prestar declaração indagatória em Comodoro Py (sede dos tribunais), lugar onde nem a Constituição nem os códigos de forma e substância estão mais em vigor. Desta vez, me encontro em uma situação inédita”, tuitou Kirchner.

A ex-presidente garante que os seis processos que sofre têm como objetivo proibir sua atividade política. A maioria dos processos está relacionada a esquemas de corrupção. Ela continua sendo a principal figura da oposição ao governo de Mauricio Macri, com 30% de apoio nas pesquisas.

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Kirchner pedira o adiamento da audiência desta terça, mas a solicitação foi indeferida.

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