Cristina Kirchner é favorita nas eleições, aponta pesquisa
Entre altos e baixo, a presidente manteve sua popularidade, mesmo após morte de marido, que governava de fato o país; eleição presidencial será em outubro
A presidente da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, é a favorita nas eleições presidenciais de outubro, apontou uma enquete publicada nesta terça-feira. Apesar de já ter dado alguns sinais, a governante não confirmou ainda se vai tentar a reeleição. O pleito ocorrerá um ano após a morte do seu marido, Néstor Kirchner, que governava o país de fato, com um estilo populista e medidas autoritárias, levando a Argentina ao atraso.
A presidente atingiu uma popularidade de 60% e tem 43,3% das intenções de voto, com mais de 30 pontos de vantagem sobre qualquer rival, afirma a pesquisa do Centro de Estudos de Opinião Pública (CEOP). Com estes números, Cristina conquistaria a reeleição no primeiro turno no pleito marcado para 16 de outubro, quando também serão escolhidos o Parlamento e as legislaturas provinciais e municipais, entre outros cargos.
Ranking – A pesquisa indicou o prefeito de Buenos Aires, Mauricio Macri, líder do Proposta Republicana (PRO), como principal adversário de Cristina. Mas ele ficou bem atrás da presidente, com 11,8% das intenções de voto. Em terceiro lugar ficou o deputado Ricardo Alfonsín, filho do falecido ex-presidente Raúl Alfonsín, da União Cívica Radical (UCR), segunda força parlamentar. Ele teve 10,4% da intenção de votos. O vice-presidente argentino, Julio Cobos, na oposição desde março de 2008, está em quarto lugar com 7,8% das intenções de voto.
A enquete, publicada pelo jornal “Página/12”, foi realizada pelo CEOP com 1.288 cidadãos de todo o país e coincide com outras divulgadas nas últimas semanas. Há 10 dias, outra pesquisa indicou que a popularidade da chefe do estado argentino caiu nos últimos meses, mas ela se mantém como favorita. Cristina atingiu 29% das intenções de voto no mês passado contra 38,7% registrado em novembro, segundo a pesquisa da empresa de consultoria Management & Fit, realizada na primeira semana do ano.
Perfil – O favoritismo por Cristina “se sustenta principalmente em eleitores com menos de 50 anos, de nível socioeconômico baixo e residentes de províncias, que são as bases de sustentação da governante”, afirmou o diretor do CEOP, Roberto Bacman.
A popularidade da presidente tinha alcançado mais de 60% no fim de outubro do ano passado após o falecimento de Néstor Kirchner, apesar das dúvidas provocadas pelo vácuo político. Ele era tido como um dos homens mais influentes da política Argentina e, em vez de Cristina, poderia ser o candidato do partido a retornar à Presidência nas próximas eleições. Contudo, seu legado para o país é o atraso, após medidas populistas e autoritárias, como aquelas que visam o cerceamento da imprensa.
(Com agência EFE)