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Cristina Kirchner dá sinal de vida depois de 11 dias de silêncio

Sumiço da ex-presidente força a exposição e a maior evidência pública de Alberto Fernández, cabeça da chapa para a Casa Rosada

Por Denise Chrispim Marin Atualizado em 22 ago 2019, 15h20 - Publicado em 22 ago 2019, 14h53

A senadora e ex-presidente argentina Cristina Kichner deu sinal de estar viva nesta quinta-feira, 22, depois de 11 dias de absoluto silêncio. De Buenos Aires, a candidata a vice-presidente da Frente de Todos postou no Twitter um comentário indignado sobre o assassinato de um aposentado de 68 anos, Vicente Ferrer, por seguranças de um supermercado do bairro de San Telmo. Ferrer roubada alimentos.

“Meu Deus!… Quanta maldade… Quanta crueldade. É demais”, escreveu no seu tuíte, depois de ter compartilhado a notícia sobre o trágico desfecho de um roubo de meio litro de óleo, meio quilo de queijo e duas barras de chocolate.

Parte da estratégia da campanha eleitoral, Kirchner recolheu-se depois da vitória estrondosa de sua chapa peronista nas primárias de 11 de agosto, com 15 pontos na frente do presidente Mauricio Macri, candidato à reeleição. Passou em branco os dias de turbulência nos mercados cambial e financeiro do país, provocado pelas reais chances de ela e seu companheiro de chapa, Alberto Fernández, o candidato à Presidência, retornarem à Casa Rosada.

Segundo o jornal El Cronista, o único compromisso político de Kirchner nesse período foi receber os principais candidatos da Frente de Todos em seu escritório, no dia seguinte das primárias. Fernández foi um dos que passou para o beija mão. O candidato ao governo da província de Buenos Aires, Axel Kicillof, que foi ministro de Economia do governo de Cristina Kirchner, também foi ouvi-la, assim como o concorrente à prefeitura de Buenos Aires e presidente do clube de futebol San Lorenzo, Matías Lammens.

A tática de ocultar Kirchner forçou a maior evidência pública de Fernández, a quem coube dar as mensagens necessárias para acalmar os mercados e para indicar que o líder da chapa era ele – e não a ex-presidente. Fernández conversou com Macri e deu duas declarações essenciais para favorecer a calmaria: disse que não dará o calote na dívida argentina nem fechar a economia do país.

Para a alegria de boa parte do eleitorado argentino, também deixou claro que, se eleito, renegociará o acordo do país com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e que não dará continuidade ao receituário econômico. E, com Cristina Kirchner protegida em seu silêncio, Fernández encarregou-se de responder aos insultos e críticas do presidente Jair Bolsonaro a sua candidatura.

Cristina Kirchner provavelmente continuará “desaparecida” nos próximos dias. Ela embarca para Cuba nesta quinta-feira para visitar a filha, em tratamento de saúde. Seu retorno está previsto para a semana que vem, quando promete retomar seu tour “Sinceramente” – o título de sua recém-lançada autobiografia. Trata-se de sua nova estratégia eleitoral: aproximar-se dos eleitores em lançamentos do livro pelo país.

Deverá desembarcar em cidades das províncias de Salta, Corrientes, Tucumán, Neuquén, Terra do Fogo e Río Negro por onde a campanha de Fernández ainda não passou. Também traçará, em Buenos Aires, a estratégia até 27 de outubro, o dia do primeiro turno da eleição argentina.

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