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Cristina intervém e pede que Vargas Llosa vá à Argentina

Intelectuais aliados aos Kirchner pediram, no início da semana, que o prêmio Nobel de Literatura fosse barrado na inauguração da feira

Por Da Redação
4 mar 2011, 12h46

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, freou a polêmica em torno da tentativa de barrar a participação do Nobel de literatura Mario Vargas Llosa na inauguração da Feira Internacional do Livro de Buenos Aires. Cristina ligou para o presidente da Biblioteca Nacional da Argentina, Horacio González, pedindo que ele se retrate. González havia enviado uma carta à Fundação do Livro, organizadora do evento, pedindo veto ao escritor peruano no início da semana.

Na carta, dizia: “Gostaria que ele (Vargas Llosa) não estivesse presente na abertura da Feira do Livro. Seu liberalismo é expressado de maneira taxativa e diria que, se me permite o paradoxo, autoritária também”. O comunicado recebeu o apoio do Carta Aberta, um grupo de intelectuais argentinos aliados dos Kirchner.

Vargas Llosa é crítico do peronismo e, em diversas situações, falou contra os Kirchner, afirmando, por exemplo, que o governo de Cristina é “um desastre total”. Em entrevista ao jornal espanhol El País, na quinta-feira, Vargas Llosa afirmou que “a única vez que me ocorreu isso foi durante a ditadura militar, quando um general proibiu meus livros”, disse o peruano sobre a censura da Argentina nos anos 1970. Ele ainda garantiu ainda que estaria presente no evento de abril.

Em resposta ao pedido de Cristina, González escreveu uma nova carta defendendo a “livre expressão das ideais políticas” e alegando estar comprometido com toda discussão que enriqueça “a vida democrática”. Para o Carta Aberta, aparentemente, a escolha de Llosa para abrir o evento continua sendo política.

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“Essas polêmicas são normais na Argentina”, disse Gustavo Canevaro, presidente da Fundação do Livro e organizador da feira, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo. “Claro que há sempre um componente político (nas escolhas), mas não estamos interessados nisso. É mais rico o debate cultural e o prestígio de ter na abertura um prêmio Nobel”.

(Com agência France-Presse)

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