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Crise entre Colômbia e Venezuela continuará a ditar agenda na América Latina

Pelo menos quatro reuniões entre líderes da região devem discutir o tema

Por Da Redação
30 jul 2010, 12h05

A tensão entre Colômbia e Venezuela continuará a ser discutida por líderes da América Latina nos próximos dias. Embora a cúpula da União das Nações Sul-americanas (Unasul) da última quinta-feira tenha terminado sem acordo sobre o conflito, o secretário-geral do bloco Nestor Kirchner, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros líderes da região centrarão esforços no assunto em pelo menos outros quatro encontros no decorrer da próxima semana. Os diálogos preparam o terreno para uma mudança que pode atenuar a crise – a posse do novo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, no dia 7.

Santos tem dado sinais de uma possível flexibilização nas relações com a Venezuela quando iniciar seu governo. Ele chegou a convidar o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, para a posse e evitou dar declarações polêmicas sobre a atual crise. Até a transição, no entanto, a ruptura entre os dois países promete ser o tema principal da reunião de presidentes do Mercosul, nos dias 2 e 3 de agosto, na Argentina. Chanceleres também pediram um encontro de presidentes do Conesul para retomar a discussão.

No dia 5, Kirchner seguirá para a Venezuela, onde conversará com Chávez. Lula também irá se encontrar com o caudilho em Caracas, um dia depois, e de lá seguirá para Bogotá, onde acompanhará a cerimônia de posse de Santos junto às autoridades dos países vizinhos.

Unasul – A Colômbia já havia afirmado que não esperava muito do encontro da Unasul, classificando a reunião como “um fórum formado por aliados de Chávez”. Frente a frente, nenhum dos lados cedeu. A proposta de paz apresentada pela Venezuela já havia sido subestimada pelos colombianos antes de ser anunciada oficialmente. “Lamento que não se tenha chegado a um consenso definitivo”, disse o chanceler colombiano, Jaime Bermúdez, após o encontro.

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Para a Venezuela, no entanto, a conclusão foi positiva: “O acordo principal era nos encontrarmos e conseguimos, o acordo principal era debater de maneira aberta, franca e fazer as propostas de paz, e conseguimos”, disse o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro. Segundo o chanceler equatoriano Ricardo Patiño, as duas nações concordaram em um único ponto: grupos armados são um problema para a região.

Críticas a Lula – Na quinta-feira, o presidente colombiano Álvaro Uribe condenou as declarações do presidente Lula sobre a ruptura das relações de seu país com a Venezuela. Em nota, Uribe considerou “deplorável” Lula “referir-se a nossa situação com a República Bolivariana da Venezuela como se fosse um caso de assuntos pessoais, ignorando a ameaça que a presença dos terroristas das Farc nesse país representa para a Colômbia e para o continente.”

As críticas de Uribe referem-se às declarações de Lula durante encontro com o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, na última quarta-feira. Durante a reunião, o presidente brasileiro disse: “Ainda não vi conflito. Eu vi conflito verbal, que é o que nós ouvimos mais aqui nessa América Latina.”

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