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Criminosos matam ao menos 9 membros de família mórmon no México

Pelo menos seis vítimas são crianças, duas delas com menos de 2 anos de idade

Por Da Redação
Atualizado em 5 nov 2019, 11h07 - Publicado em 5 nov 2019, 10h40

Ao menos três mulheres e seis crianças da mesma família foram assassinadas no norte do México na segunda-feira 4 por um grupo de homens armados. As vítimas eram americanas e pertenciam a uma comunidade mórmon.

Segundo parentes das vítimas, membros da família LeBarón viajavam em três veículos separados quando os criminosos atacaram. Algumas crianças conseguiram fugir, mas outras foram atingidas por tiros enquanto corriam.

Algumas horas depois do ataque, duas caminhonetes foram localizadas com as duas mulheres mortas a tiros, assim como dois menores de idade, um menino e uma menina, também mortos. Os criminosos atiraram nos veículos e os corpos estavam queimados, segundo os relatos.

Julián LeBarón, líder mórmon e ativista, afirma que criminosos que agem na região de Rancho de la Mora, na divisa entre os estados de Sonora e Chihuahua, na fronteira com os Estados Unidos, mataram sua prima e a família.

“Minha prima Rhonita seguia com seu marido para o aeroporto de Phoenix (EUA) quando sofreu uma emboscada. Atiraram e queimaram sua caminhonete com ela e seus quatro filhos. Foi um massacre”, disse LeBarón à Rádio Fórmula nesta terça-feira, 5.

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Algumas crianças conseguiram fugir e caminhar até sua casa, uma delas com um ferimento de bala. Durante a noite, na comunidade mórmon, policiais e militares procuravam outra menor de idade que teria se escondido em um bosque.

Duas das crianças mortas tinham menos de dois anos de idade. Kenny LeBarón, outro primo das vítimas, afirmou ao jornal The New York Times temer que o número de mortos possa aumentar nas próximas horas.

Perguntado sobre quem poderia ter cometido o crime, Julián LeBarón disse que “aqui é uma zona de guerra” onde agem os cartéis das drogas e todo tipo de “matador”.

Segundo a imprensa mexicana, a maioria das vítimas tem dupla nacionalidade, mexicana e americana.

Os LeBarón fazem parte de uma comunidade de mórmons que se transferiu para o México no final do século XIX, em meio à perseguição nos Estados Unidos por suas tradições, em especial a poligamia.

Com o aumento da violência ligada ao narcotráfico, essas comunidades se viram afetadas e Benjamín Lebarón, irmão de Julián, se tornou um ativista ao criar a organização SOS Chihuahua, que denunciava grupos criminosos.

Benjamín foi assassinado por homens armados junto com seu cunhado em julho de 2009, após liderar manifestações contra o sequestro de seu irmão de 16 anos. Os mórmons se negaram a pagar o resgate e o jovem LeBarón foi finalmente liberado.

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(Com AFP)

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