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Crimeia marca referendo sobre futuro da região

Consulta à população foi agendada para 25 de maio, mesma data das eleições gerais no país

Por Da Redação
27 fev 2014, 17h55

Após milícias armadas pró-Rússia tomarem nesta quinta-feira as sedes do Parlamento e do governo da Crimeia, ao sul da Ucrânia, os parlamentares locais anunciaram que uma consulta popular sobre a independência da região será realizada no dia 25 de maio – mesmo dia para o qual estão previstas eleições presidenciais no país. A pergunta a ser feita aos votantes será se a república autônoma deve continuar a ser parte da Ucrânia com base em acordos e tratados ou deve possuir independência governamental, informou o jornal The Guardian, com base em informações de agências russas. A data das eleições presidenciais foi definida pelo Parlamento ucraniano no último sábado, quando também foi votada a destituição do presidente Viktor Yanukovich.

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O presidente Vladimir Putin (ainda) não respondeu aos chamados da população de etnia russa na Crimeia para reclamar o território que foi transferido pelo líder soviético Nikita Kruschev, em 1954. Por outro lado, o Kremlin discutiu novas regras para facilitar a concessão de passaportes para esses habitantes e passou a alertar sobre a necessidade de proteger os direitos desses cidadãos em meio ao caos no país – em declarações semelhantes àquelas que precederam a invasão à Geórgia, em 2008, com o argumento de que exercia seu direito de proteger os russos que residiam na região separatista da Ossétia do Sul.

A Crimeia conta com 2 milhões de habitantes, sendo quase 60% de etnia russa, 25% ucranianos e 12% tártaros. Foi na república autônoma que Yanukovich, foragido da Justiça, foi visto pela última vez no início desta semana. Nesta quinta, ele anunciou ter pedido ajuda à Rússia, que atendeu à solicitação. As tensões na região estão elevadas desde que o presidente foi tirado do poder. Ontem, um confronto entre a população pró-Moscou e os moradores pró-Kiev deixou uma pessoa morta, aparentemente após sofrer um ataque cardíaco. (Continue lendo o texto)

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Com o objetivo de evitar a separação do território ucraniano, a chanceler alemã Angela Merkel pediu para que Arseniy Yatseniuk, chefe do partido da líder opositora Yulia Tymoshenko e novo primeiro-ministro interino do país, trabalhe para atender às demandas de toda população. “Agora é a hora de sustentar a integridade territorial e de o governo ucraniano começar a trabalhar para que todos os ucranianos se vejam atendidos pelo governo. Nós sabemos que existem cerca de 15 milhões de pessoas de origem russa vivendo na Ucrânia e eles precisam se encontrar no trabalho do governo como qualquer outro cidadão”, afirmou Merkel, durante uma visita de estado a Londres, segundo o Financial Times.

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Um segundo exercício militar realizado nesta quinta pela Rússia fez com que o governo provisório da Ucrânia se manifestasse pela primeira vez sobre os últimos acontecimentos. O ministério da Defesa russo comunicou que seus caças estavam “em alerta de combate” e que “constantes patrulhas aéreas estavam sendo realizadas por caças na região fronteiriça entre os países”. O presidente interino ucraniano, Olexander Turchynov, alertou os russos que qualquer movimento em direção à Crimeia seria interpretado como uma “agressão militar”. (Continue lendo o texto)

Em uma conversa por telefone com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, o secretário de estado americano John Kerry pediu que haja uma cooperação entre os dois países para resolver a crise ucraniana. A Casa Branca comunicou que está acompanhando os exercícios militares russos e urgiu Moscou a evitar “atos provocativos” na fronteira. Por meio do secretário-geral Anders Fogh Rasmussen, a Otan também externou a sua preocupação com as movimentações da Rússia e advertiu que “nenhuma ação deve ser tomada para elevar as tensões”.

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