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Cresce temor de guerra civil no Sudão do Sul; rebeldes tomam cidade

Por Da Redação
22 dez 2013, 19h11

Tropas leais ao ex-vice-presidente Rick Machar tomaram a cidade de Bentiu, capital de Unity State, região produtora de petróleo no Sudão do Sul. O anúncio foi feito pelo porta-voz do Exército, coronel Philip Aguer, neste domingo, enquanto crescem os temores da eclosão de uma guerra civil étnica no país mais jovem do mundo. “Bentiu está nas mãos de um comandante que declarou apoio a Machar. Bentiu não está nas nossas mãos”, disse Aguer.

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Nos últimos dias, os rebeldes teriam tomado o controle de vários campos produtores de petróleo, produto que responde por 99% da receita do governo. Embora Juba, a capital do Sudão do Sul, esteja em calma, uma semana depois de um conflito entre membros da guarda presidencial terem dado início a combates em vários pontos do país, os confrontos continuam em outras regiões, especialmente nos Estados de Unity e Jonglei.

Com os sinais alarmantes, a ONU (Organização das Nações Unidas) tenta apressar o envio de mais forças pacificadoras ao empobrecido e territorialmente isolado Sudão do Sul, e potências estrangeiras exortam os dois lados a parar de lutar, temendo pela estabilidade de uma região já frágil da África. A missão da ONU no Sudão do Sul informou que todos os seus funcionários não essenciais estão sendo removidos de Juba para Uganda, numa “medida preventiva para reduzir as pressões sobre recursos limitados”. A ONU disse que continua a prestar assistência humanitária e abrigo a mais de 20 000 civis que se refugiaram em seu complexo em Juba.

As informações disponíveis são de que os combates são mais intensos em Bor, a capital de Jonglei. Em Washington, o Departamento de Estado dos EUA disse que tropas americanas conseguiram retirar cerca de 380 cidadãos do país de Bor, além de 300 cidadãos de países aliados. Eles foram transportados para Nairóbi, no Quênia, e para Uganda. Neste sábado, o ministro da Informação, Michael Makuei, disse que John Koang, um comandante do Exército em Unity State, desertou e se juntou ao líder rebelde Machar, que o havia nomeado governador do Estado.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse em uma coletiva de imprensa em Manila que a ONU planeja enviar recursos de outras missões pacificadoras na região para o Sudão do Sul. “No momento, estamos tentando ativamente transferir nossos recursos de outras missões pacificadoras, como a da República Democrática do Congo, e de algumas outras áreas”, afirmou. “E também estamos buscando apoio de outros países-chave que podem fornecer os meios necessários.”

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O conflito — Os conflitos começaram há uma semana com um confronto entre soldados de etnias diferentes da guarda presidencial. O presidente Salva Kiir é da etnia Dinka, enquanto o ex-vice-presidente Machar é da etnia Nuer. Em poucos dias, o conflito se espalhou para outras regiões do país.

O ministro da Informação, Michael Makuei Lueth, disse acreditar que Machar está escondido em algum lugar no estado de Unity. “Ele é um rebelde, um renegado, e estamos procurando por ele”, disse o ministro.

O Sudão do Sul separou-se do Sudão em 2011, depois de décadas de guerra civil.

(Com agência Reuters e Estadão Conteúdo)

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