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Covid-19: Reino Unido admite que sistema de rastreamento fere privacidade

Tecnologia localiza possíveis infectados pelo vírus e pede que eles fiquem isolados; governo nega que informações tenham sido obtidas de forma ilegal

Por Da Redação
Atualizado em 20 jul 2020, 10h27 - Publicado em 20 jul 2020, 09h49

O governo do Reino Unido admitiu nesta segunda-feira, 20, que seu programa de detecção e rastreamento de infecções de Covid-19 na Inglaterra viola a lei de proteção de dados, embora afirme que não há evidências de que as informações obtidas tenham sido usadas “ilegalmente”.

A irregularidade foi reconhecida pela primeira vez em uma carta enviada no último dia 15 – mas que foi tornada pública hoje – à organização de defesa de privacidade Open Rights Group (ORG), que ameaça processar o governo, considerando que o sistema tem funcionado ilegalmente desde a sua introdução, em 28 de maio.

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Um porta-voz do Ministério da Saúde e Assistência Social admitiu hoje que a avaliação exigida do impacto nos dados pessoais do programa “Test and Trace” (“Teste e Rastreamento”) na região da Inglaterra não foi realizada. O sistema localiza possíveis infectados pelo vírus, e pede que eles fiquem isolados.

O porta-voz insistiu que, embora o exame pertinente não tenha sido realizado, “não há evidências” de que os dados obtidos dos cidadãos tenham sido utilizados de maneira “ilegal” e elogiou as qualidades do programa em sua missão de impedir a propagação da Covid-19.

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O diretor do ORG, Jim Killock, disse que o comportamento do governo do primeiro-ministro Boris Johnson é “imprudente” e o acusou de “minar a confiança” dos cidadãos, essencial para gerir a pandemia, “ao operar um programa sem as salvaguardas básicas de privacidade”.

O governo garante que agora trabalha com o Comissário da Informação, um regulador da proteção de dados, para assegurar que os dados pessoais dos cidadãos sejam tratados de acordo com a lei.

O rastreamento de contatos por meio de dados celulares é um método utilizado por diversos países para conter a pandemia. Sistemas de outros países também estão na mira de organizações internacionais que os acusam de violação de privacidade.

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Recentemente, Israel foi criticado por decretar confinamento obrigatório para ao menos 1.200 pessoas por engano. O projeto de rastreamento do governo havia indicado erroneamente que essas cidadãos tiveram contato com pessoas infectadas, obrigando-as a cumprir quarentena de 14 dias.

(Com EFE)

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