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Covid-19: Metrô de NY fecha durante madrugada pela 1ª vez em 115 anos

O serviço será interrompido entre 1h e 5h todos os dias para desinfecção; cidade registra 18.700 mortos e mais de 182.000 enfermos

Por Da Redação
6 Maio 2020, 16h24

As autoridades da cidade de Nova York, epicentro da Covid-19 nos Estados Unidos, interromperam as atividades do metrô municipal entre 1h e 5h desta quarta-feira, 6, para permitir a desinfecção dos trens e das estações com o intuito de conter a disseminação da doença. A medida, que será repetida diariamente por um período indeterminado, é inédita em mais de 115 de história de transporte público na cidade de Nova York.

“Temos uma necessidade maior do que nunca de desinfetar os metrôs, os ônibus e as estações”, disse o governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo. “É um empreendimento enorme que nunca fizemos antes”, acrescentou.

Até então, para conter a Covid-19, os trens eram desinfetados apenas a cada 72 horas. Embora seja propriedade da cidade de Nova York, o sistema de metrô novaiorquino é administrado indiretamente pelo governo estadual por meio da Autoridade Metropolitana de Transportes (MTA).

As atividades do metrô da cidade de Nova York, que foi inaugurado em 1904, nunca haviam sido interrompidas. De fato, a cidade conta com um sistema de transporte público ativo 24 horas por dia desde a década de 1880, com a instalação da primeira linha de bondes na parte sul da ilha de Manhattan.

Cuomo já havia anunciado na quinta-feira 30 que as atividades do metrô seriam interrompidas entre 1h e 5h diariamente, afetando, segundo estimativa da emissora pública de rádio NPR, cerca de 11.000 viajantes por dia.

Para compensar a medida, as autoridades responsáveis pelo sistema de transporte público municipal adicionaram 1.168 rotas de ônibus para o período da noite — um acréscimo de cerca de 75% à atividade. Além disso, 344 ônibus foram incorporados à frota.

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Dentre os que utilizam os serviços do metrô durante a madrugada, porém, estão pessoas em situação de rua que se valiam dos trens como abrigo. O prefeito da cidade de Nova York, Bill de Blasio, afirmou que 252 pessoas em situação de rua foram abordadas pelas autoridades durante o processo de interrupção do metrô nesta quarta-feira. Dentre elas, apenas 139 aceitaram ser realocadas a abrigos formais.

Crise

Em meio à pandemia, o metrô da cidade de Nova York está subutilizado. O número de passageiros despencou em cerca de 90% desde março, ou seja 4,8 milhões de viajantes deixaram de utilizar os serviços do meio de transporte.

A MTA, que pediu ao governo federal dos Estados Unidos no início de abril um empréstimo de 3,9 bilhões de dólares, estima que perderá cerca de 8.5 bilhões de dólares devido à Covid-19.

Além disso, pelo menos 109 funcionários do transporte público da cidade de Nova York, e não apenas do metrô, contrairam a doença e morreram em decorrência.

 

Epicentro

Com 182.000 enfermos e 18.700 mortos, a cidade de Nova York é o epicentro dos surtos da Covid-19 no estado. Segundo o jornal The New York Times, o estado de Nova York contabilizou até esta quarta-feira mais de 326.000 casos da Covid-19 e cerca de 25.000 mortes, respondendo por 26% dos enfermos e 35% dos mortos nos Estados Unidos.

Nenhum país no mundo, exceto os Estados Unidos, tem mais casos confirmados do que o estado de Nova York. E contabilizaram mais mortes apenas o Reino Unido (29.400), Itália (29.300), Espanha (25.800) e França (25.500) — as populações de cada um desses países são pelo menos o dobro dos 19,4 milhões de habitantes do estado de Nova York.

 

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