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Covid-19: Havana impõe multas, toque de recolher e proíbe saída de idosos

Após quase declarar-se livre do vírus, governo cubano aplica as medidas mais restritivas desde o início da pandemia para controlar ressurgimento na capital

Por Da Redação
1 set 2020, 17h44

A capital de Cuba, Havana, passou a operar nesta terça-feira, 1, sob as restrições mais severas impostas pelo governo local desde o início da pandemia de coronavírus. Durante 15 dias, a cidade adotará medidas como toque de recolher a partir das sete da noite, proibição de transporte privado, controle da circulação e multas pesadas para quem descumprir as ordens.

O primeiro-ministro cubano, Manuel Marrero Cruz, justificou as restrições dizendo que aumentam o rigor com “um equilíbrio entre ser justo e ao mesmo tempo forte o suficiente para conter a pandemia”. Duas semanas depois de entrar na primeira fase do relaxamento das restrições contra o coronavírus, no início de julho, a capital cubana teve uma alta nas infecções.

Depois de várias semanas em junho, julho e agosto em que o país registrou menos de 10 casos diários de Covid-19, o número saltou para várias dezenas de infecções. Atingiu o pico no dia 10 de agosto, com quase 100 casos em 24h, e permanece alto desde então.

O número de mortos em Havana agora chega a 92, as infecções em 24 horas continuam a aumentar e a soma de pacientes internados em unidades de terapia intensiva subiu para 26.

Nesta terça-feira, Cuba registrou uma morte e 33 novos casos, 23 deles na capital. Havana tem mais de 3.800 infecções, quase 94% do total de casos do país.

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Novas regras

Na quinta-feira passada, o governador Reinaldo García Zapata anunciou que estabelecimentos que não são de “produção contínua” ou “priorizados” devem permanecer fechados e contar com o trabalho remoto.

“Somente moradores e transporte de cargas poderão entrar na capital”, disse García Zapata. Ou seja, a entrada e saída de Havana está integralmente proibida, com a cidade isolada do resto do país e seus habitantes restritos a saídas excepcionais. O governador garantiu que as restrições severas são justificadas pelo novo surto de Covid-19 em Havana.

Das sete da noite às cinco da manhã (hora local), as ruas devem estar vazias e vigiadas pela polícia. Qualquer pessoa que saia a pé ou com seu veículo será multada entre 2.000 e 3.000 pesos cubanos (entre 434 reais e 651 reais) – valor elevado em um país onde o salário médio não chega a 244 reais.

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Crianças, pessoas com deficiência e idosos não serão autorizados a sair de casa em nenhum momento. O uso de áreas recreativas e esportivas também será restrito, bebidas alcoólicas não podem ser consumidas em locais públicos e estão completamente proibidas festas de qualquer natureza.

“Quem não usar máscara, ou usá-la mal, quem não cumprir nenhuma das medidas, enfrentará sanções altas que podem acabar em processo judicial”, disse o chefe do Partido Comunista de Havana, Luis Antonio Torres. Segundo dados oficiais, 70% das pessoas acusadas de propagação da epidemia, desacato, desobediência e resistência foram condenadas à prisão.

Devido a esta situação, Havana não começou o ano letivo nesta terça-feira, como o resto de Cuba. Além disso, a capital não pretende abrir suas fronteiras até que saia desta crise sanitária, sendo que as novas medidas podem se estender por mais de 15 dias, caso o surto de coronavírus não seja controlado.

(Com EFE)

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