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Costa do Marfim: Paris recomenda saída de famílias francesas

Cerca de 14.000 cidadãos franceses vivem no país, onde 179 pessoas foram mortas, em dezembro, por causa do conflito pós-eleitoral

Por Da Redação
31 dez 2010, 10h09

A França recomendou nesta sexta-feira a saída das famílias francesas com filhos residentes na Costa do Marfim, até que a situação esteja normalizada naquele país. Também anunciou o adiamento da volta às aulas nas escolas francesas do país, que começariam no dia 5 de janeiro, por causa da crise política vivida por Abidjan, segundo informou o Ministério das Relações Exteriores.

No total, 14.000 cidadãos franceses, entre eles a metade com dupla nacionalidade, vivem na Costa do Marfim, um país imerso na violência pós-eleitoral, que fez 179 mortos desde meados de dezembro. Várias pessoas já deixaram o país depois dos confrontos entre partidários do presidente em final de mandato Laurent Gbagbo e seu adversário no segundo turno da presidencial, Alassane Ouattara.

A Costa do Marfim mergulhou numa crise depois que o Conselho Constitucional proclamou a vitória de Gbagbo nas eleições de 28 de novembro, que, segundo a comissão eleitoral e a ONU, foi vencida por Ouattara. No poder desde 2000, Gbagbo foi reeleito presidente com 51,45% dos votos, contra 48,55% de seu rival, segundo resultados definitivos do segundo turno

O Conselho Constitucional, liderado por um amigo do chefe de Estado, invalidou os resultados provisórios divulgados inicialmente pela Comissão Eleitoral Independente (CEI), que dava a Ouattara uma ampla vitória, por 54,1% contra 45,9%. Isso foi feito “anulando” os votos em sete departamentos do norte, sob o controle do ex-movimento rebelde Forças Novas (FN) desde o golpe fracassado de 2002, e onde, segundo o grupo de Gbagbo, as eleições foram “fraudulentas”.

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O representante das Nações Unidas na Costa do Marfim, Youn-jin Choi, ameaçado de expulsão do país, se opôs à vitória de Gbagbo. Antes do anúncio dos resultados definitivos, a chapa de Ouattara alertou para um “golpe” de Gbagbo, rejeitando de antemão os anúncios do Conselho. A ONU e as principais missões de observação internacionais consideraram que as eleições foram conduzidas de forma adequada, apesar dos incidentes às vezes violentos.

Eleito em 2000, num pleito controverso do qual foram excluídos o ex-presidente Henri Konan Bédié e Alassane Ouattara, Gbagbo permaneceu no poder em 2005 após o fim do seu mandato, ao invocar a crise decorrente da divisão do país. As eleições chegaram a ser adiadas em diversas ocasiões. Com isto, a Costa do Marfim passou a contar com dois presidentes: Gbagbo, com o apoio do Exército e o controle da televisão, e Outtara, com o suporte da comunidade internacional.

(Com agência France-Presse)

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