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Corrida contra o tempo para encontrar sobreviventes sob os escombros no Rio

Por Por Javier Tovar
27 jan 2012, 16h50

Socorristas lutavam contra o tempo, nesta sexta-feira, para encontrar sobreviventes em meio às ruínas de três prédios que desmoronaram no centro do Rio, de onde foram retirados 11 corpos, enquanto continua a busca por pelo menos 15 desaparecidos.

Os trabalhos de resgate são ininterruptos desde a noite de quarta-feira, quando os três edifícios, de vinte, dez e quatro andares, ruíram quase simultaneamente devido a causas ainda indeterminadas.

Os bombeiros esperam concluir os trabalhos de buscas entre a noite desta sexta-feira e a manhã de sábado “para minimizar o sofrimento das famílias”, afirmou o coronel Ronaldo Alcântara, subcomandante do corpo de bombeiros do Rio de Janeiro.

O número oficial de vítimas fatais às 16h00 era de 11 mortos, sete dos quais foram resgatados nesta sexta.

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“Foram recuperados 11 corpos, de quatro homens e cinco mulheres. Os outros dois não foram identificados”, informou à AFP uma fonte dos bombeiros.

As autoridades trabalham, ainda, com uma lista de pelo menos 15 desaparecidos, que varia conforme são encontrados novos cadáveres.

A possibilidade de encontrar alguém vivo diminui com o passar das horas.

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“Gostaria de dizer o contrário, mas as chances são baixas. Tínhamos a expectativa de encontrar pessoas com vida porque não há lama, mas a situação é difícil”, informou o secretário de Defesa Civil, Sérgio Simões.

“Corremos contra o tempo. Eu trabalho com uma margem de 48 horas. Este é o prazo que estou me impondo para encerrar as buscas”, acrescentou.

Doze dos desaparecidos estariam em uma sala de aula no sexto andar do edifício Liberdade, o mais alto, onde no momento da catástrofe era ministrado um curso de formação profissional em uma empresa de informática.

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“Finalmente chegamos à parte onde acreditamos encontrar o maior número de corpos”, disse Simões. “Nossa expectativa é que neste ponto encontremos um número significativo de pessoas”, acrescentou.

Trezentas e noventa pessoas participam das operações de resgate, entre eles um contingente que trabalhou no Haiti durante o devastador terremoto de 2010.

Fumaça continua saindo dos escombros de um foco de incêndio que os bombeiros ainda não conseguiram controlar porque “não há como chegar ali”, disse Alcântara.

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Na Câmara de Vereadores, perto dali, familiares continuavam aguardando notícias de seus entes queridos. Dos oito corpos encontrados, quatro já foram reconhecidos pelos familiares.

Nesta sexa-feira foram enterrados os corpos de duas vítimas: Celso Cabral, de 46 anos, sepultado sob aplausos em um cemitério de Niterói, e Cornélio Ribeiro Lopes, zelador de 73 anos.

As autoridades ainda não estabeleceram as causas do acidente, embora a tese que mais ganha força seja a de um problema estrutural. Testemunhas disseram que no prédio mais alto eram feitas reformas em dois andares.

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“Nenhuma das duas obras tem registro no CREA”, Conselho Regional de Engenharia do Rio. “A última reforma de que tínhamos registro foi em 2008. Portanto, estas duas obras para nós são irregulares”, disse Luis Antonio Consenza, funcionário do CREA.

O problema estrutural “pode ser provocado não por estas obras que estavam sendo feitas agora, mas pela sucessão de obras que vinham sendo feitas (…), que pode modificar o projeto original”, explicou.

No entanto, a prefeitura esclareceu que as obras dentro de um prédio não exigem autorização das autoridades, mas do condomínio. A polícia civil e o CREA iniciaram uma investigação para determinar as causas do acidente.

O centro do Rio passa por grandes obras com vistas à Copa do Mundo de 2014 e aos Jogos Olímpicos de 2016.

Em outubro do ano passado, na praça Tiradentes, também no centro da cidade, três pessoas morreram e 17 ficaram feridas na explosão causada pelo vazamento de gás em um restaurante.

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