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Coronavírus: UE repreende Hungria e Polônia por comportamentos inadequados

Em meio à pandemia de Covid-19, poloneses levam adiante eleição presidencial em maio, e primeiro-ministro húngaro ganha poderes excessivos

Por Da Redação
Atualizado em 17 abr 2020, 15h41 - Publicado em 17 abr 2020, 15h31

A União Europeia (UE) repreendeu nesta sexta-feira, 17, os governos da Hungria e da Polônia por desdenharem os “valores europeus” durante a crise do coronavírus. Poloneses estão levando adiante uma eleição presidencial em maio, enquanto o primeiro-ministro húngaro ganhou novos poderes que preocupam organizações de direitos humanos.

O Parlamento Europeu, em resolução de 395 votos a 171, considerou os movimentos de ambas as nações “totalmente incompatíveis com os valores europeus” de democracia e justiça. Segundo o órgão legislativo da União Europeia, a Hungria debilitou qualquer supervisão do governo, e a eleição polonesa pode colocar em risco vidas e prejudicar o conceito de voto livre.

No dia 30 de março, o Parlamento da húngaro concedeu ao primeiro-ministro Viktor Orbán o direito de governar por decreto por tempo indeterminado para lutar contra a pandemia. Isso significa que nenhuma eleição extra poderá ser realizada e o governo tem liberdade de suspender a aplicação de certas leis – com a regalia extra de encarcerar indivíduos que divulgam supostos fatos falsos.

A Hungria, há muito criticada por uma aparente erosão do Estado de Direito, disse que o Parlamento (controlado pelo PiS) pode revogar os novos poderes de Orbán “a qualquer momento”.

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Enquanto isso, o partido na liderança da Polônia, o ultranacionalista Lei e Justiça (PiS), ainda planeja uma eleição presidencial no dia 10 de maio. Alavancado ao poder por uma retórica xenófoba em 2015, o PiS afronta Bruxelas em questões como reformas judiciais, refugiados e mudanças climáticas.

A oposição diz que o governo está sacrificando a saúde dos poloneses em benefício próprio. “Saúde e vida não podem ser colocadas em risco pelo desejo irrestrito de poder”, disse Tomasz Grodzki, médico e líder da Câmara, controlada pela oposição.

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O ministro da Saúde da Polônia, Lukasz Szumowski, disse nesta sexta-feira que eleições presenciais só poderiam ser realizadas no mínimo em dois anos. O governo diz estudar a possibilidade de uma votação pelo correio

A Polônia tem 8.379 casos confirmados de coronavírus e 332 mortes. Na Hungria, 1.763 pessoas foram contaminadas e 156 morreram, segundo levantamento da americana Universidade Johns Hopkins.

(Com Reuters)

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