Coronavírus: número de novos casos diminui e China reabrirá escolas
Foram 143 diagnósticos positivos nas últimas 24 horas no país asiático, enquanto no mundo 2.100 novas infecções foram registradas em um dia
Com a diminuição no número de novos casos do coronavírus na China, o governo local decidiu aliviar a imposição de quarentena em diversas cidades da província e autorizar a volta às aulas.
A maior parte da província de Hubei, epicentro da epidemia de Covid-19 na China, já está 24 horas sem registrar um novo caso de infecção. No entanto, a capital regional Wuhan segue sob quarentena porque registrou 126 novos casos da doença nesta quinta-feira 5, segundo a OMS.
A província de Qinghai, que não relata um novo caso da doença há 29 dias, disse que as escolas serão reabertas até 20 de março. A província de Guizhou, sem novos casos há 18 dias, autorizou a volta às aulas em 16 de março.
Em Wuhan, os ânimos com o governo não estão dos melhores. Durante uma visita da vice-primeira-ministra, Sun Chunlan, à cidade, moradores confinados em suas casas vaiaram a política e acusaram o governo de mentir sobre a distribuição de mantimentos à população.
Os vídeos das vaias foram publicados na rede social Weibo, a mais usada no país, não foram censurados, apesar da plataforma ser estritamente controlada pelo governo. De acordo com a agência estatal Xinhua, Chunlan pediu uma “investigação profunda” para responder às “dificuldades e problemas” dos habitantes e para garantir o abastecimento de produtos de primeira necessidade.
Fora do epicentro da doença, as cidades voltam à normalidade na medida em que a propagação do vírus diminui em seu território, mas aumenta no mundo. Segundo o boletim diário da Organização Mundial da Saúde (OMS), foram registrados 143 novos casos na quinta-feira 6 no país asiático e 2.100 fora dele.
A Coreia do Sul e o Japão entraram em uma crise diplomática. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, anunciou que todos os passageiros que venham da Coreia do Sul serão colocados em quarentena. Seul condenou a regra acusando Tóquio de não conseguir lidar com a epidemia dentro de casa e ameaçou retaliar o país com medidas recíprocas.
O Irã anunciou nesta sexta-feira que poderá utilizar da força para impedir que os iranianos realizem viagens pelo país. A regra foi anunciada por um porta-voz do Ministério da Saúde, durante uma atualização sobre os novos números da propagação no país. Teerã registrou 4.747 casos da doença em todo o país – um aumento de 1.234 pacientes em apenas um dia.
A OMS pediu nesta sexta-feira um maior comprometimento dos países na luta contra a propagação do novo coronavírus. “Isto não é um exercício”, disse o diretor-geral da Organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus. “Não é o momento de abandonar, não é o momento de procurar desculpas, é o momento de ir fundo”.
(Com AFP)