Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Coreias vão conversar para reabrir complexo industrial

Norte e Sul anunciaram retomada do diálogo para reabrir o complexo industrial de Kaesong, seu maior projeto econômico conjunto, fechado durante crise

Por Da Redação
6 jun 2013, 02h49

Coreia do Norte e Coreia do Sul sinalizaram nesta quinta-feira que, ao menos na economia, a crise diplomática que nos últimos meses deteriorou ainda mais as frágeis relações entre as nações vizinhas começa a ser superada. Os dois países anunciaram que vão retomar o diálogo para reabrir o complexo industrial de Kaesong, o maior projeto econômico conjunto entre eles. Localizado na Coreia do Norte, o complexo foi fechado há dois meses por decisão do regime de Pyongyang, em meio à escalada da tensão militar na península coreana nos últimos meses.

Leia também:

Coreia do Sul rejeita oferta de diálogo do Norte sobre questão nuclear

As conversas para reabrir Kaesong foram inicialmente propostas por Seul logo após o fechamento, em 9 de abril. Nesta quinta, a imprensa estatal norte-coreana anunciou que o governo do ditador Kim Jong-un estava disposto a dialogar, o que foi prontamente aceito por Seul por meio de um comunicado do ministro sul-coreano da Unificação. “O local das discussões e a data da abertura podem ser fixados de acordo com o desejo do Sul”, destaca o Comitê do Norte pela Reunificação Pacífica da Coreia (CPRK), órgão encarregado das relações com Seul, em outro comunicado.

Continua após a publicidade

Inaugurado em 2004 como um símbolo da cooperação coreana, Kaesong se tornou a principal vítima de dois meses de constante tensão militar iniciada depois do terceiro teste nuclear norte-coreano, realizado em fevereiro. As Nações Unidas condenaram a Coreia do Norte e endureceram as sanções ao país, que deu início a uma campanha de ameaças – sobretudo retóricas – quase diárias à Coreia do Sul e seu principal aliado militar, os Estados Unidos. O último episódio da série de provocações ocorreu há apenas duas semanas, com o disparo de mísseis de curto alcance pelo regime comunista.

Situado no território norte-coreano, a dez quilômetros da fronteira, Kaesong abriga 123 empresas sul-coreanas e era o único resquício de uma aproximação entre as Coreias, depois do congelamento das relações bilaterais em 2010. Com um volume de negócios de 469,5 milhões de dólares em 2012, Kaesong era uma importante fonte de criação de empregos, arrecadação de impostos e divisas estrangeiras para a empobrecida Coreia do Norte.

Outros temas – Além da questão comercial, os dois países devem discutir outros temas delicados, como a reunião das famílias separadas ao fim da Guerra da Coreia, em 1953. Além disso, deverá entrar em discussão a retomada das visitas turísticas ao monte Kumgang. Assim como Kaesong, Kumgang permitia a entrada de milhões de dólares no hermético país do Norte.

Continua após a publicidade

Poucas horas depois do anúncio, o governo sul-coreano afirmou que recebia “de forma favorável a proposta de conversações oficiais feita pela Coreia do Norte”, segundo um comunicado do ministério da Unificação, responsável pelas relações com Pyongyang.

A presidente sul-coreana, Park Geun-Hye, declarou-se aberta ao diálogo, mas ressaltou que o Norte deve renunciar ao desenvolvimento de armamento nuclear, de acordo com compromissos internacionais. A condição é considerada inaceitável pelo regime comunista, que se recusa sistematicamente a renunciar ao seu programa nuclear.

(Com agência France-Presse)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.