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Coreia do Sul terá primeira mulher como presidente

Park Geun-Hye, filha de ex-ditador, é a favorita em eleição presidencial

Por Da Redação
19 dez 2012, 12h42

A Coreia do Sul elegeu pela primeira vez na história do país nesta quarta-feira como chefe de estado uma mulher, segundo as emissoras de televisão, que anunciaram uma vitória segura da candidata do partido conservador, Park Geun-Hye. A candidata de 60 anos, filha de Park Chung-Hee, ditador que comandou o país durante 18 anos até seu assassinato em 1979, terá a ‘vitória certa’ após a apuração de 40% dos votos, anunciaram canais de televisão locais.

Uma pesquisa conjunta dos três canais de televisão divulgada ao fim da votação apontava 50,1% dos votos a Park e 48,9% a seu adversário de centro-esquerda, Moon Jae-In. Os simpatizantes da candidata receberam com entusiasmo o anúncio da pesquisa na sede do Partido da Nova Fronteira (PNF), mas nenhum candidato reivindicou a vitória ou reconheceu a derrota.

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Em dia eleitoral que foi feriado, 40,5 milhões de sul-coreanos estavam registrados para comparecer às urnas. As pesquisas antes da votação já mostravam uma disputada apertada entre Geun-Hye, do PNF, e Moon, do Partido Democrata Unido (DUP, centro-esquerda, principal partido de oposição). “Estimulo os eleitores a desafiar o frio e votar para abrir uma nova era neste país”, disse Geun-Hye depois de depositar seu voto em Seul, onde a temperatura era de 10 graus negativos.

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Perfil – Park Geun-Hye é a filha de Park Chung-Hee, um autocrata que promoveu a industrialização forçada do país e que permaneceu no poder até o seu assassinato, em 1979. A mãe dela foi morta em 1970 por um militante favorável à Coreia do Norte, que tinha a intenção de atingir o ditador com seus tiros.

Na sede do partido governista Saenuri, da candidata, o anúncio das pesquisas de boca de urna foi recebido com festa. Geun-Hye, que é solteira e não tem filhos, promete se dedicar integralmente ao país. Ela passou 15 anos como parlamentar de destaque do Saenuri, embora suas propostas econômicas sejam consideradas vagas.

Ela manteve um “Comitê de Promoção da Felicidade” e, como candidata, promoveu uma “Campanha Nacional da Felicidade”, embora depois tenha mudado seu slogan para “Uma Presidenta Preparada”. Eventualmente, ela cita como modelo a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, uma agressiva defensora do livre mercado. Em outras ocasiões, se compara à chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, a mais poderosa líder europeia.

Oposição – Moon Jae-In, 59 anos, é uma das principais figuras da oposição no período sombrio do país e um adversário notório dos militares. Ele foi preso nos anos 70 pela defesa da democracia. “Destas eleições dependem nossos meios de existência, a democratização da economia, a previdência social e a paz na península coreana”, afirmou Moon ao votar na cidade meridional de Busan.

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Os dois tentaram atrair a classe média e os mais desfavorecidos, com promessas de combater as crescentes desigualdades na quarta economia asiática. A Coreia do Norte não foi sequer um tema da campanha eleitoral, apesar de Pyongyang ter executado um lançamento de foguete na semana passada, coincidindo com o primeiro aniversário da morte do dirigente comunista Kim Jong-Il.

Geun-Hye e Moon manifestaram o desejo de estimular as relações entre as duas Coreias. Geun-Hye foi mais reservada, no entanto, porque os conservadores defendem há muito tempo uma linha intransigente com Pyongyang. Moon defende a retomada da ajuda sem condições à Coreia do Norte e pediu uma reunião com o dirigente do país vizinho, Kim Jong-Un, filho de Kim Jong-Il.

(Com agências France-Presse e Reuters)

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