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Coreia do Norte ultima preparativos para o adeus a Kim Jong-il

Por Da Redação
27 dez 2011, 13h47

Seul, 27 dez (EFE).- A Coreia do Norte ultima nesta terça-feira os preparativos para dar o último adeus nesta quarta-feira a Kim Jong-il, líder do país por 17 anos e quem terá um funeral que provavelmente terá o mesmo formato do realizado em 1994 quando da morte de seu pai, Kim Il-sung.

O Palácio Memorial de Kumsusan, onde o corpo de Kim Jong-il está em exposição há uma semana, será o palco da cerimônia à qual se espera assistam os 233 membros do Comitê para o Funeral de Estado, liderado pelo filho mais novo e designado sucessor do líder falecido, Kim Jong-un.

Há pouco mais de 17 anos, quando Kim Il-sung morreu, suas honras fúnebres foram marcadas por um cortejo com o corpo pelas ruas de Pyongyang diante de milhares de chorosos norte-coreanos.

A comitiva foi naquela ocasião precedida por um enorme retrato do ‘presidente eterno’. Atrás um grande número de familiares, entre eles Kim Jong-il, acompanhavam o féretro, que como manda a tradição norte-coreana passou por todos os locais significativos ligados a vida do falecido.

Depois ocorreu uma cerimônia íntima no Palácio Presidencial, à qual somente assistiu a elite do Partido dos Trabalhadores.

Embora exista a expectativa de que a homenagem de Kim Jong-il siga uma pauta similar, no formato ‘de uma cerimônia solene’ nesta quarta-feira, a agência estatal norte-coreana, ‘KCNA’ indicou que o ato será seguido na quinta-feira por uma homenagem nacional no último dia de luto pela morte do líder.

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Paralelo a essa homenagem do dia 29 de dezembro serão disparadas salvas de tiros em sinal da condolência em Pyongyang e nas diversas províncias do país, enquanto a população fará três minutos de silêncio. Em todo o país, ‘todos os trens e navios farão soar suas sirenes ao mesmo tempo’, detalhou ‘KCNA’.

Durante o período de luto decretado após a morte de Kim em 17 de dezembro por um ataque cardíaco, como divulgou o regime norte-coreano, os cidadãos fizeram inúmeras homenagens ao líder em praças, monumentos e outros locais públicos, enquanto todas as bandeiras do país tremularam a meio mastro.

O mesmo ocorreu em 1994 depois do falecimento de Kim Il-sung aos 82 anos, após 49 anos de governo no país. O fundador da Coreia do Norte, quem impôs o hermético regime de corte stalinista, morreu de ataque cardíaco, da mesma forma que seu filho. Seu falecimento, entretanto, foi anunciado pela rádio estatal 36 horas depois.

No caso de Kim Jong-il, uma apresentadora de TV foi encarregada de anunciar com lágrimas nos olhos no último dia 19 de dezembro sua morte de forma inesperada na rede estatal ‘KCTV’ mais de 48 horas depois da morte.

Ainda não há confirmação se o funeral desta quarta-feira e a homenagem de quinta-feira terão a participação dos dois outros filhos de Kim, Kim Jong-nam e Kim Jong-chul, irmãos mais velhos de Kim Jong-un, sobre os quais não costumam divulgar informações.

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Segundo a agência sul-coreana ‘Yonhap’, o primogênito teria chegado nos últimos dias a Pequim a partir de Macau e estaria ‘sob proteção chinesa’. Já sobre o segundo filho até agora não há nenhuma informação.

Acredita-se que Kim Jong-nam perdeu o respeito do pai depois de ter sido detido em 2001 no aeroporto de Tóquio com passaporte falso, com a suposta intenção de visitar o parque da Disneylândia da capital japonesa.

Por sua vez, a pouca informação sobre Kim Jong-chul indica que ele ocuparia um posto no departamento de Propaganda do partido único e que seu pai o teria descartado para a sucessão por considerá-lo ‘afeminado’ demais, contou um ex-cozinheiro japonês de Kim Jong-il.

A expectativa é que a cerimônia desta quarta-feira e a do dia 29 de dezembro revelem, assim como ocorreu no funeral de Kim Il-sung, novos indícios sobre como será a divisão de poder do hermético regime comunista. EFE

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