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Coreia do Norte perde ‘querido líder’ e prepara sua sucessão

Por Da Redação
19 dez 2011, 09h24

Atahualpa Amerise.

Seul, 19 dez (EFE).- A Coreia do Norte anunciou nesta segunda-feira a morte de seu ‘querido líder’, Kim Jong-il, que dirigiu por 17 anos o país mais fechado do mundo e será sucedido por seu filho mais novo, Kim Jong-un.

Segundo a agência de notícias estatal norte-coreana (KCNA), a causa da morte de Kim Jong-il, aos 69 anos, foi um ataque cardíaco provocado por sua ‘fadiga física e mental’ durante uma viagem em trem fora da capital, Pyongyang, na manhã de sábado.

O ‘querido líder’, sobrenome de Kim Jong-il utilizado para promover o culto à sua pessoa na Coreia do Norte, governava o país desde 1994, quando seu pai e fundador do regime, Kim Il-sung, faleceu, também de um infarto, aos 82 anos.

O corpo de Kim descansará junto ao de seu pai no Palácio Memorial de Kumsusan, um dos pontos emblemáticos da Coreia do Norte, após o funeral de Estado que acontecerá em Pyongyang no dia 28. As autoridades norte-coreanas decretaram, além disso, luto em todo o país desde o sábado, dia da morte de Kim, até o próximo dia 29.

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O filho mais novo do falecido líder, Kim Jong-un, que teria nascido em 1983 (não há confirmação oficial da data), prepara-se para tomar o comando de um sistema comunista baseado desde sua origem, em 1948, na doutrina idealizada por seu avô. Ela apela para a autodeterminação e a soberania de um povo coreano livre de ingerências estrangeiras.

Kim Jong-un, que segundo informações divulgadas hoje pela KCNA tem apoio do Exército e dos cidadãos para ficar com o poder, vinha ganhando funções importantes no governo desde 2008, quando o estado de saúde de seu pai piorou notavelmente após sofrer uma apoplexia, o que despertou, entre as elites norte-coreanas, preocupação pela continuidade do regime.

Desde então o jovem alcançou a categoria de general de quatro estrelas no Exército norte-coreano e obteve o cargo de vice-presidente da Comissão Militar Central do Partido dos Trabalhadores, o que, junto com suas aparições públicas junto a Kim Jong-il, permitiram a ele ganhar legitimidade como sucessor.

A morte do líder supremo norte-coreano ocorre em um momento marcado pela melhora nas relações entre as duas Coreias após a crise vivida em 2010, quando Pyongyang supostamente atacou um navio do país vizinho e abriu fogo contra a ilha de Yeonpyeong, dois eventos que deixaram 50 mortos sul-coreanos.

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Estes fatos levaram o governo sul-coreano a cortar relações com a Coreia do Norte até este ano, quando ambas as partes começaram a estreitar os laços.

As Coreias e Estados Unidos tiveram desde então vários encontros para retomar as conversas de seis lados, processo orientado a deter as ambições nucleares norte-coreanas do qual também participam China, Rússia e Japão, e que permanece estagnado desde 2008.

Após o anúncio da morte de Kim Jong-il, uma autoridade do governo sul-coreano revelou à agência local Yonhap que a próxima reunião entre Coreia do Norte e EUA, programada para esta semana em Pequim, provavelmente será cancelada.

Enquanto isso, as ruas de Pyongyang viviam um clima de grande pesar pela morte de Kim, com muitas lojas fechadas e pessoas carregando retratos do líder e chorando a perda do líder. Na vizinha Coreia do Sul, houve um misto de surpresa e expectativa, e muitas pessoas acompanham atentamente as notícias na TV e na internet. EFE

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