Coreia do Norte diz ter lançado míssil de submarino
Se teste for confirmado, representará novo desafio para EUA e seus aliados, uma vez que mísseis lançados de submarinos são mais difíceis de detectar e interceptar

A Coreia do Norte anunciou neste sábado que realizou com sucesso um teste com um novo míssil balístico lançado por um submarino. Se o teste for confirmado, representará um novo desafio para os Estados Unidos e seus aliados na região, a Coreia do Sul e o Japão. Mísseis lançados de submarinos são mais difíceis de detectar e interceptar.
Horas depois do anúncio, autoridades da Coreia do Sul afirmaram que o regime do Norte havia lançado três mísseis contra sua costa leste. O governo sul-coreano já havia dito que Pyongyang estava desenvolvendo tecnologias para o lançamento de mísseis balísticos subaquáticos, embora acreditava-se que os testes vinham sendo conduzidos em plataformas construídas em terra ou no mar e não a partir de submarinos.
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A imprensa comunista destacou que o tirano supervisionou o teste, vendido como “uma arma estratégica em nível global”. Há muitos motivos para desconfiar do falatório bélico de Pyongyang, normalmente utilizado para chantagear os vizinhos e o Ocidente. No entanto, segundo o jornal The New York Times, o governo americano suspeita que Kim Jong-un possa ter aproveitado o período em que Washington se concentrou na negociação de um acordo sobre o programa nuclear do Irã paa melhorar seu arsenal.
Fotos de satélite tiradas em 2013 mostravam que a principal usina do país, em Yongbyon, havia sido ampliada pelo regime comunista. Conforme o NYT, há um consenso entre os americanos de que Pyongyang possui uma dúzia de ogivas nucleares e está disposto a aumentar este número para vinte até o final do ano que vem.
O receio de Seul não estaria relacionado a um possível ataque nuclear de Pyongyang contra o país ou o Japão, uma vez que a própria ditadura norte-coreana sabe que seria dizimada em questão de minutos ou horas. Estrategistas sul-coreanos e americanos estão preocupados, na verdade, com a possibilidade de Kim Jong-un ter à disposição um arsenal tão volumoso que torne possível a venda de urânio altamente enriquecido para outras nações. É do conhecimento da inteligência ocidental que mísseis e outras tecnologias norte-coreanas já foram comercializados com Irã, Paquistão e Síria.
Alguns funcionários da administração Obama acreditam que, se um acordo com o Irã for alcançado e as sanções contra o país forem suspensas, isso pode incentivar a Coreia do Norte a negociar um pacto em moldes semelhantes. Mas há outro cenário que parece mais provável. Para Pyongyang, acabar com o isolamento internacional significaria a derrocada da dinastia Kim.
(Da redação)
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