Coreia do Norte dispara quatro mísseis de curto alcance
Lançamento ocorre quando Washington e Seul realizam manobras conjuntas na região, consideradas uma “provocação” pelo regime de Kim Jong-un
Por Da Redação
27 fev 2014, 10h11
A Coreia do Norte lançou nesta quinta-feira quatro mísseis de curto alcance no Mar do Leste, desde sua costa oriental, informou o Ministério da Defesa sul-coreano. Embora Pyongyang costume realizar teste de mísseis como parte de exercícios militares, os disparos desta quinta ocorrem no momento em que Seul e Washington realizam manobras conjuntas na região, que são consideradas pelo regime de Kim Jong-un como “provocações” e um “teste para a invasão” de seu território.
Há pouco mais de um ano, a Coreia do Norte realizou um teste nuclear afirmando ser uma resposta à “hostilidade” dos Estados Unidos. A ação ocorreu depois que o Conselho de Segurança da ONU ampliou as sanções contra o país, que havia realizado um teste com um míssil de longo alcance, no final de 2012.
Nesta quinta, os projéteis foram disparados pouco antes das 18 horas, pelo horário local, e o Ministério da Defesa sul-coreano acredita que o Norte utilizou mísseis do tipo Scud, desenvolvidos pela extinta União Soviética. A agência de notícias sul-coreana Yonhap afirmou que os mísseis teriam um alcance de cerca de 200 quilômetros, incapazes, portanto, de atingir o Japão.
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‘Confissão’ – Também nesta quinta, um missionário sul-coreano detido no Norte leu uma declaração pedindo desculpas por “crimes contra o estado”. Em um vídeo divulgado pelas agências estatais, Kim Jong-uk, de 50 anos, diz ter sido detido ao entrar no país vindo da China, com material religioso, em outubro do ano passado. Atividades religiosas são restritas na ditadura de Kim Jong-un. O missionário disse ter agido segundo orientações do serviço nacional de inteligência da Coreia do Sul, para criar uma igreja clandestina em Dandong, China, e coletar informações sobre a vida no Norte. “Eu pensava em transformar a Coreia do Norte em um país religioso e destruir o atual governo e o sistema político do país”, disse.
Estrangeiros presos na Coreia do Norte costumam fazer confissões públicas que depois afirmam ter sido resultado de pressão do regime comunista. O norte-americano Merrill Newman, de 85 anos, detido por mais de um mês no ano passado, foi libertado depois de confessar crimes cometidos durante a Guerra da Coreia – o que ele afirmou ter feito sob pressão.
Austrália – Outro missionário, o australiano John Short, de 75 anos, foi detido em seu hotel em Pyongyang na última semana. O Ministério de Relações Exteriores da Austrália afirma que ainda não recebeu nenhuma informação sobre o cidadão que vive em Hong Kong e viajou à Coreia do Norte com um grupo. Ele teria sido detido depois de deixar panfletos religiosos em um local turístico.
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“Não sabemos nada sobre as condições em que ele está sendo mantido”, disse o chefe da seção consular Justin Brown a parlamentares australianos, segundo declarações reproduzidas pela rede britânica BBC.
O regime do Norte também mantém em um campo de trabalhos forçados Kenneth Bae, cidadão norte-americano condenado a quinze anos de prisão por tentativa de derrubar o governo. As tentativas dos Estados Unidos de libertar o missionário não surtiram efeito.
(Com agências Reuters e EFE)
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