Seul, 23 dez (EFE).- A Coreia do Norte anunciou nesta sexta-feira que aceitará todas as delegações da Coreia do Sul que desejem demonstrar suas condolências pela morte do líder Kim Jong-il, cujo funeral será no próximo dia 28, informou a agência sul-coreana ‘Yonhap’.
O anúncio foi feito através do site norte-coreano Uriminzokkiri, que indicou que foram tomadas medidas para acolher as comitivas do país vizinho que cruzarem a fronteira por terra, mar ou ar.
‘A comodidade e a segurança das delegações de condolências sul-coreanas estarão plenamente garantidas’, indicou o portal.
O comunicado foi divulgado dois dias depois de a Coreia do Sul ter dado autorização exclusiva para isso a apenas duas comitivas, lideradas respectivamente pela presidente do grupo Hyundai, Hyun Jeong-eun, e a ex-primeira-dama Lee Hee-ho.
O mesmo site norte-coreano criticou Seul por não enviar uma delegação oficial e proibir seus cidadãos de visitarem o país comunista.
Além disso, a página considerou ‘um insulto imperdoável à dignidade da Coreia do Norte’ o fato de o Governo sul-coreano não ter emitido uma mensagem oficial de pêsames.
‘As relações entre Norte e Sul estão em um momento crítico’, assinalou o site, que instou Seul a enviar uma delegação oficial.
Após a notícia da morte de Kim Jong-il, que segundo a versão oficial faleceu no dia 17 após um ataque cardíaco, Seul se limitou a enviar uma mensagem de solidariedade ao povo da Coreia do Norte.
Todas as viagens da Coreia do Sul ao país vizinho requerem a aprovação prévia das duas nações, que permanecem tecnicamente em guerra desde o armistício que pôs fim à Guerra da Coreia (1950-53) sem a assinatura da paz definitiva. EFE