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Coordenador de campanha de Santos é acusado de envolvimento com narcotráfico

Juan Jose Rendón pediu demissão após denúncias de que ele recebeu 12 milhões de dólares para negociar acordo com a Justiça favorável a criminosos

Por Da Redação
6 Maio 2014, 18h32

O coordenador da campanha de Juan Manuel Santos à reeleição renunciou ao posto depois de ser acusado de envolvimento com narcotraficantes. Pesa contra Juan Jose Rendón a denúncia de que ele teria recebido 12 milhões de dólares de chefes do tráfico para negociar acordos de rendição. O assessor admitiu ter sido procurado, mas negou ter recebido qualquer quantia.

A acusação veio à tona com a divulgação de um depoimento prestado à promotoria colombiana por Javier Antonio Calle Serna, um dos chefes do narcotráfico no país, em dezembro do ano passado. Ele afirmou ter entregado a quantia ao assessor e acrescentou que Rendón foi procurado por narcotraficantes entre 2010 e 2011 para levar uma proposta ao governo Santos que incluía o desarmamento das organizações criminosas e a entrega dos chefões à Justiça. Em troca, eles não seriam extraditados para os Estados Unidos. Os criminosos acabaram se entregando ou foram capturados e extraditados para os EUA. Serna está preso em Nova York.

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Calle Serna, o narcotraficante envolvido no escândalo, comandava as atividades criminosas na província de Valle del Cauca, ao oeste do país. Após não conseguir um acordo para se render na Colômbia, o criminoso se entregou para as autoridades americanas na ilha de Aruba, em 2012. Ele está preso em Nova York sob acusações de tráfico de drogas. Segundo a promotoria federal da Colômbia, investigadores serão enviados até a penitenciária para interrogá-lo. Se julgarem pertinente, os oficiais encaminharão um pedido para que seja aberta uma investigação contra Rendón.

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As denúncias foram publicadas pela revista Semana e pelo jornal El Espectador semanas antes das eleições presidenciais marcadas para o próximo dia 25. Embora o presidente Santos não tenha sido citado, a denúncia envolvendo seu assessor é mais um revés em sua campanha. O presidente já havia perdido a maioria no Senado e viu seu principal adversário, o ex-presidente Álvaro Uribe, ser eleito para a Casa com uma boa margem de votos. Segundo as pesquisas, é pouco provável que Santos vença no primeiro turno, mas ele é tido como favorito absoluto para vencer a disputa no segundo turno, no dia 15 de junho.

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O presidente afirmou que renunciar ao cargo foi um “ato de cavalheiro” de Rendón para não tirar o foco da campanha para a reeleição. Rendón já havia trabalhado na bem-sucedida campanha de Santos à presidência, em 2010, e atuou também na eleição de Enrique Peña Nieto à Presidência do México, em 2012. “É mais cômodo preparar a minha defesa com liberdade e sem manchar a campanha ou afetar o presidente Santos”, disse o assessor em entrevista à Semana, ao justificar sua saída.

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