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Controlada, imprensa norte-coreana diz que visita de Trump foi ‘incrível’

Agência estatal KCNA sempre tratou os EUA como seu pior inimigo; americano só avançou 50 cm da fronteira entre as duas Coreias

Por Da Redação
Atualizado em 1 jul 2019, 14h21 - Publicado em 1 jul 2019, 13h16

A imprensa estatal norte-coreana qualificou como “incrível” a “visita”  do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao país. No domingo 30, Trump se tornou o primeiro presidente americano em exercício a pisar o solo da Coreia do Norte. Sua “visita” resumiu-se a sua presença na extensão de 50 centímetros da divisa com a Coreia do Sul por poucos segundos. Mas foi completada com uma conversa de mais de uma hora com Kim Jong-un da qual saiu a retomada das negociações sobre o desmonte do programa nuclear norte-coreano.

Trump estava de passagem pela Coreia do Sul no final de semana, depois de ter participado da reunião de líderes do G20 em Osaka, no Japão.

Em sua agenda em Seul constava uma reunião com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, para discutir a estagnação nas conversas sobre o plano nuclear do Norte. Além disso, ele visitaria a zona desmilitarizada na fronteira dos países (DMZ), área de segurança da região desde o fim da Guerra da Coreia, em 1953.

No sábado, Trump quebrou as expectativas ao escrever uma mensagem em seu Twitter, perguntando se o ditador norte-coreano Kim Jong-un gostaria de “encontrá-lo na fronteira/DMZ apenas para apertar sua mão e dizer oi”.

Após um dia de especulação e negociações diplomáticas, Trump e Moon confirmaram no domingo que Kim havia aceitado o convite de última hora. Os líderes chegaram à DMZ pouco depois, se aproximando da linha de demarcação militar.

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Nesta segunda-feira, 1, a agência estatal KCNA fez uma cobertura completa da visita inédita. Os norte-coreanos raramente recebem notícias do mundo capitalista, e a imprensa, fortemente controlada pelo governo, sempre retratou os Estados Unidos como seu maior inimigo.

Por isso mesmo, as imagens do republicano andando amistosamente para o lado norte da fronteira entre as Coreias, em clima pacífico com Kim, é uma visão extraordinária para os nativos.

“É bom te ver de novo. Nunca esperei te encontrar neste lugar”, disse Kim ao americano, por meio de um intérprete, no encontro televisionado por emissoras internacionais.

“Um grande momento”, respondeu Trump, “um progresso tremendo.”

Foi então que o norte-coreano o convidou para pisar na Coreia do Norte, sob o pretexto de que ele seria o pioneiro. O americano cruzou a fronteira e ficou alguns minutos no território de Kim, afirmando mais tarde que estava “orgulhoso de ter passado daquela linha.”

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O ditador asiático também visitou o lado sul-coreano da fronteira. “Acredito que essa é uma amostra de nossa boa vontade para eliminar nosso passado infeliz e nos abrir para um novo futuro”, declarou.

Em um outro momento, os dois líderes foram acompanhados pelo sul-coreano Moon, outro acontecimento inédito.

Apesar disso, as negociações dos países em torno do controverso programa nuclear norte-coreano estão estagnadas desde o fim abrupto da segunda reunião entre os líderes, em fevereiro.

Depois de sua conversa extraordinária na manhã de ontem, os presidentes reafirmaram sua “amizade” e declararam que as discussões sobre o assunto irão continuar por meio de suas equipes de negociação.

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Críticos dos governantes taxaram o encontro como um ato de “teatro político” que não oferece nenhum progresso substancial em relação às armas nucleares da Coreia do norte.

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