Conservador apoiado por Trump e progressista disputam governo da Flórida
Ron DeSantis e Andrew Gillum parecem representar os dois extremos da política americana
Os eleitores da Flórida, nos Estados Unidos, escolheram os dois candidatos que concorrerão pelo governo do estado nas eleições de meio de mandato em novembro. Ron DeSantis, que recebeu o apoio do presidente Donald Trump, venceu as primárias pelo Partido Republicano, enquanto o progressista Andrew Gillum foi eleito pelos democratas.
DeSantis foi escolhido com 56,6% dos votos entre seus partidários, uma distância considerável frente ao seu competidor imediato, o ex-comissário de Agricultura Adam Putnam, que recebeu 36,6%.
A folgada vitória do republicano, que entrou na corrida para o governo em janeiro e foi um rosto habitual na emissora Fox, acontece depois que, no final de julho, recebeu apoio oficial de Trump, de quem nunca escondeu sua admiração.
DeSantis provou sua lealdade ao presidente fazendo do combate à imigração ilegal o tema central de sua campanha. Uma das principais propagandas eleitorais do conservador exibia o republicano e sua filha montando blocos de brinquedo, enquanto DeSantis encorajava a menina a “construir aquela parede”.
O republicano enfrentará nas eleições do próximo dia 6 de novembro o prefeito de Tallahassee, Andrew Gillum, que conta com o apoio de Bernie Sanders. O democrata recebeu 34,3% dos votos, contra 31,3% de sua principal concorrente, Gwen Graham, filha de um ex-governador do Estado.
Gillum é o primeiro negro a ser escolhido na Flórida para concorrer nas eleições legislativas. Nas últimas semanas antes da votação, o democrata divulgou anúncios demonstrando seu apoio ao sistema universal de saúde pública, à legalização da maconha e à abolição da Agência de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos.
Ele também se mostrou um grande incentivador do processo de impeachment do presidente Trump.
A disputa entre os dois candidatos pelo governo da Flórida deve servir, mais do que nunca, como teste para a base eleitoral de cada um dos partidos, já que DeSantis e Gillum parecem representar os dois extremos da política americana.
(Com EFE)