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Conselho Nacional Sírio denuncia que cessar-fogo é parcial

Por Da Redação
12 abr 2012, 10h39

Genebra, 12 abr (EFE).- O Conselho Nacional Sírio (CNS) denunciou nesta quinta-feira que o Governo de Damasco está aplicando o cessar-fogo de ‘forma parcial’, dado que a repressão continua e o armamento pesado não foi retirado das áreas povoadas.

‘Os disparos cessaram em grande escala, mas não totalmente’, assinalou o responsável pelas relações internacionais do CNS, Bassma Kodmani, quem denunciou três mortes nesta quinta-feira, duas em Idleb e uma em Hama, e ‘dezenas de detenções’.

A ativista lembrou que o plano estabelecido pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, para o fim das hostilidades na Síria incluía a retirada dos tanques das cidades, ‘o que não ocorreu’.

Kodmani explicou que suas fontes contaram que há ‘batidas maciças’ nas cidades de Aleppo, Dera e Homs e por enquanto contabilizam 20 detenções na primeira localidade citada e ao menos dez na segunda.

Como ressaltou a ativista, o plano estabelecido pelo enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, previa o fim das hostilidades na Síria às 6h (0h de Brasília) desta quinta-feira, incluindo a retirada dos tanques das cidades, ‘o que não aconteceu’.

‘Os tanques não deixaram o centro das cidades como estava previsto no plano de Annan. Os tanques estão posicionados em áreas povoadas, exatamente como há três semanas’.

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‘Não há nenhuma evidência de uma retirada efetiva’, concluiu a ativista.

Kodmani acrescentou que se ‘multiplicaram’ o número de controles militares em todo o país e que estes estão ‘fortemente armados’.

‘O regime volta a sua estratégia dos primeiros meses, quando não bombardeava o povoado, mas detinha pessoas e desaparecia com elas diariamente’.

A ativista pediu mais uma vez à comunidade internacional que pressione o regime para que o obrigue a cessar todas as hostilidades e que não reprima a liberdade de manifestação dos cidadãos.

‘A prova real para o regime é se permitirá ou não as pessoas saírem livremente às ruas para manifestarem-se pacificamente’, especificou Kodmani, quem esclareceu que se este extremo acontecer, o CNS pedirá a presença o mais rápido possível do grupo de observadores internacionais, contemplado também no plano de Annan.

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‘A presença dos observadores é nossa primeira prioridade’, declarou.

Uma vez estejam no país, chegaria a hora de começar o diálogo político, mas o responsável pelas relações internacionais deixou claro que o CNS nunca negociará com Assad nem com ninguém de seu Governo.

‘O objetivo que não renunciaremos é a saída do poder de Bashar al Assad e de toda a estrutura de segurança que o cerca. Nós não negociaremos com eles’, afirmou com firmeza.

Desde o início do conflito sírio há um ano, mais de 9 mil pessoas morreram, 200 mil tiveram de abandonar suas casas e buscar refúgio no interior e outros 30 mil refugiaram-se em países vizinhos. EFE

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