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Confrontos no Sudão do Sul deixam 51 mortos

Por Por Hannah McNeish
17 jan 2012, 14h39

Homens armados mataram pelo menos 51 pessoas nos confrontos étnicos no problemático estado de Jonglei no Sudão do Sul, informou o governador da região nesta terça-feira.

“Durante toda a noite de segunda-feira eles queimaram a cidade… 51 mortes estão confirmadas e agora temos 22 (feridos) evacuados para Juba,” informou o governador de Jonglei, Kuol Manyang.

Homens armados atacaram o vilarejo de Duk Padiet no norte de Jonglei, segunda-feira à noite e a maioria deles matou “mulheres, crianças e idosos,” disse Manyang à AFP.

“Acreditamos que mais pessoas estejam feridas porque elas fugiram para outros vilarejos na noite passada,” disse ele, culpando os atiradores do grupo étnico Murle pelo ataque.

O estado de Jonglei, remoto e pobre, assistiu a uma escalada dramática dos sangrentos ataques olho por olho entre grupos étnicos rivais envolvendo roubo de gado e desaparecimento de pessoas.

O recém-independente Sudão do Sul declarou Jonglei, como uma “área de desastre nacional” enquanto as Nações Unidas lançaram uma operação de “emergência em massa” para ajudar 60 mil pessoas afetadas pela violência.

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No mês passado, uma milícia tribal de 8 mil jovens de Lou Nuer marchou para Pibor, para se vingar do grupo Murle por supostos sequestros e ataques ao gado.

Agora oficiais declaram que o último episódio de violência é a resposta de Murle.

Um agressor foi morto, um homem suspeito de Murle usando roupas militares, disse Manyang.

“A cidade foi atacada por pessoas claramente identificadas como a juventude armada”, declarou Philip Thon Leek Deng, policial local.

Deng disse que grandes rebanhos de gado foram roubados em uma série de ataques na área na semana passada, mas que o ataque de segunda-feira era direcionado às pessoas.

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“Eles não levaram o gado… eles vieram apenas para aniquilação”, disse ele.

As pessoas de Duk Padiet são do grupo étnico Dinka, que também são rivais tradicionais de Murle.

O ministro da Informação, Barnaba Marial Benjamin, disse que forças extras de segurança foram colocadas em Jonglei, a maioria na área Murle, mas agora os ataques estão acontecendo em áreas Nuer e Dinka.

“As forças não podem cobrir toda a área”, disse ele.

Jonglei, um estado isolado e pantanoso, do tamanho da Áustria e da Suíça juntas, tem estradas de barro, frequentemente impossíveis de passar por meses, durante as fortes chuvas. Armas são comuns na região devastada por duas décadas de guerra com as forças sudanesas do norte, um conflito que abriu caminho para a independência do sul em julho.

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A ONU diz que, no ano passado, a violência entre duas tribos deixaram cerca de 1100 pessoas mortas e milhares desalojadas em uma série de ataques ao gado, envolvendo o sequestro de mulheres e crianças.

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