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Confrontos entre polícia e manifestantes seguem em Kiev

Alguns políticos já cobram a adoção do 'estado de exceção' para endurecer a repressão. Governo ucraniano nega que esteja estudando essa possibilidade

Por Da Redação
21 jan 2014, 07h46

Centenas de manifestantes continuam nesta terça-feira com os enfrentamentos contra a polícia, que bloqueia os acessos à sede do governo. Os confrontos, que já deixaram dezenas de feridos, começaram no domingo passado na Praça da Independência, em Kiev, mas agora os protestos já se espalham por outras ruas da capital. Os manifestantes, protegidos atrás dos ônibus incendiados no primeiro dia dos distúrbios, lançam esporadicamente paralelepípedos, coquetéis molotov e outros objetos contra os policiais, que respondem com gás lacrimogêneo, segundo as imagens de televisão transmitidas ao vivo do local dos enfrentamentos.

Por enquanto, o governo negou que estude a possibilidade de implantar o estado de exceção para acabar com as manifestações na capital ucraniana, mas o Partido das Regiões (PR), que forma o governo, fez pedidos para que essa medida fosse adotada. “Solicitamos ao presidente da Ucrânia, fiador da Constituição, que adote duras medidas em Kiev, até o estado de exceção, para restabelecer a ordem e a legalidade”, foi o pedido de um grupo de deputados do PR da assembleia legislativa da região de Lugansk.

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​O estado de exceção suspende temporariamente direitos e garantias constitucionais em situações emergenciais. Em situações de exceção, o Executivo pode, por exemplo, limitar a liberdade dos cidadãos, fazer buscas e apreensões sem mandados judiciais, suspender a liberdade de reunião e associação e censurar correspondências e a livre divulgação de informações.

Nesta segunda-feira, em um pedido à população, o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovych, advertiu que as manifestações em Kiev se transformaram em distúrbios maciços que ameaçam desestabilizar todo o país. “Eu estive disposto a ouvir as opiniões para juntos encontrarmos uma solução. Mas agora, quando as ações pacíficas se transformam em distúrbios maciços, com incêndios e violência, tenho certeza que isso representa uma ameaça não só para a ordem em Kiev, mas para toda a Ucrânia”, disse Yanukovych.

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As novas manifestações foram organizadas pelos líderes opositores do país, incluindo o ex-boxeador Vitali Klitschko, para demonstrar a insatisfação popular contra novas medidas aprovadas pelo Parlamento. Na última semana, a maioria da Casa, alinhada a Yanukovych, deu mais poderes para a polícia combater os manifestantes. Além de punir com prisão quem comparecer a um protesto usando máscara ou capacete, a nova legislação também proíbe acampamentos em espaços públicos. Os opositores questionam ainda outro texto que obriga ONGs beneficiadas com financiamentos ocidentais a se registrarem como “agentes do exterior”.

(Com agência EFE)

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